terça-feira, 25 de setembro de 2012

Greve afeta 50% dos Correios e 9 mil bancos estão fechados

 

SERVIDORES param suas atividades e esperam novos reajustes salariais



Brasília - A população que precisar de serviços bancários e dos Correios terá mais uma semana difícil. A greve começa a semana com adesão de 50% dos funcionários dos Correios e 9.000 agências de bancos fechadas, de acordo com as federações sindicais.
De acordo com o presidente da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Carlos Cordeiro, a adesão está crescendo e há agências fechadas em todo o País. São 21.700 agências públicas e privadas no Brasil.
- Hoje (ontem/24) 40% das agências não abriram as portas e a adesão atinge principalmente os seis principais bancos - HSBC, Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bra-desco e Itaú - que representam 90% do total das agências.
Os bancários reclamam que as negociações estão paradas e não há contraproposta por parte dos bancos. A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) diz que apresentou a proposta de reajuste de 6% no dia 28 de agosto e aguarda uma posição dos bancários sobre a proposta. A proposta apresentada pelos bancos passa longe da reivindicação dos trabalhadores, que pedem 10,25%, sendo 5% de aumento real.
CORREIOS - Segundo o secretário-geral da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares), Edson Dorta, uma média de 50% dos trabalhadores estão em serviço nos Correios desde que a greve começou. A ECT (Emprega Brasileira de Correios e Telégrafos) ainda não divulgou o balanço com a adesão dos funcionários, mas fez um mutirão no fim de semana para tentar entregar encomendas paradas nas agências.
- Nós temos 24 das 35 bases sindicais em greve em 19 Estados, mas estamos respeitando o percentual determinado pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) de 40% e aguardaremos a tentativa de conciliação sobre o dissídio. Nós não queriamos ir para a Justiça, mas a empresa decidiu assim.
A federação reclama que o reajuste proposto pela empresa não cobre as perdas salariais e diz ainda que há um déficit de contratação de 30 mil funcionários. Eles também pedem uma mudança no horário das entregas para a manhã.
Os funcionários pedem reajuste de 43% (33% de reposição e 10% de aumento real). Os Correios apresentaram proposta que prevê 5,2% de reajuste de salários e benefícios e diz que "nos últimos nove anos os trabalhadores tiveram até 138% de reajuste salarial, sendo 35% de aumento real".( DP )


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