Scott Moore (Diário do Centro do Mundo)
LONDRES – Vi o jogo entre Brasil e Argentina. Mais uma vez, fiquei decepcionado com a atuação do Brasil. Temos na cabeça um Brasil mágico, e a verdade é que faz tempo que essa magia não se manifesta.
Vocês têm um problema. Talvez eu tenha a solução. O técnico Mano Menezes voltou do fracasso olímpico ainda mais inseguro do que era. A medalha de ouro empurraria a ele e ao time para cima. A de prata jogou para baixo.
Faltam quase dois anos para a Copa do Brasil. Não existe sentido em permanecer com um treinador acuado, que transmitirá sua insegurança a um time que precisa de confiança. E existe tempo.
A solução se chama Tostão. Minha lembrança dele é de jogador. Jamais esquecei aquela tarde no México em que ele baixou a cabeça, rodopiou sem rumo por si mesmo e com a perna errada deu um chute ao acaso para a área. A bola foi parar – logo em quem – Pelé, e de Pelé alcançou Jairzinho. Perdemos a Copa ali. Éramos a única seleção capaz de bater os canarinhos.
Tostão, lembro bem, foi um jogador excepcional. O boss me conta que ele continua na ativa, próximo do futebol. É segundo o boss o melhor comentarista de futebol do Brasil. “Enxerga o jogo como se ainda estivesse dentro do campo”, ouço numa rodada de pints no pub da esquina.
Eis a saída: Tostão como técnico. Tostão tem o carisma de quem foi campeão mundial, de quem venceu tudo, de quem jogou como poucos.
A questão é como negociar sua ida. Sou pragmático tal como todo bom inglês. Não existe nada que o dinheiro não possa comprar. Mesmo minha mulher Chrissie, que discorda de mim em tudo, concorda nisso.
Ofereçam a ele um bom dinheiro. Assegurem condições ideais para ele trabalhar: com isso quero dizer, coloquem no contrato que ele não sofrerá nenhuma espécie de interferência – nem de cartolas, nem de patrocinadores, nem de ninguém. (A ausência de Ricardo Teixeira é, em si, um bônus para Tostão.)
Embrulhem tudo isso numa causa nacional. Tostão há de entender que estão em jogo o orgulho, a honra, a alegria dos brasileiros. Tostão será capaz de executar as tarefas mais prementes do selecionado verde-amarelo, como, por exemplo, transformar Neymar de menino em adulto.
Feito isso, contratado Tostão, o caminho para o hexa estará plano, estupendamente agradável, para vocês, brasileiros.
LONDRES – Vi o jogo entre Brasil e Argentina. Mais uma vez, fiquei decepcionado com a atuação do Brasil. Temos na cabeça um Brasil mágico, e a verdade é que faz tempo que essa magia não se manifesta.
Vocês têm um problema. Talvez eu tenha a solução. O técnico Mano Menezes voltou do fracasso olímpico ainda mais inseguro do que era. A medalha de ouro empurraria a ele e ao time para cima. A de prata jogou para baixo.
Faltam quase dois anos para a Copa do Brasil. Não existe sentido em permanecer com um treinador acuado, que transmitirá sua insegurança a um time que precisa de confiança. E existe tempo.
A solução se chama Tostão. Minha lembrança dele é de jogador. Jamais esquecei aquela tarde no México em que ele baixou a cabeça, rodopiou sem rumo por si mesmo e com a perna errada deu um chute ao acaso para a área. A bola foi parar – logo em quem – Pelé, e de Pelé alcançou Jairzinho. Perdemos a Copa ali. Éramos a única seleção capaz de bater os canarinhos.
Tostão, lembro bem, foi um jogador excepcional. O boss me conta que ele continua na ativa, próximo do futebol. É segundo o boss o melhor comentarista de futebol do Brasil. “Enxerga o jogo como se ainda estivesse dentro do campo”, ouço numa rodada de pints no pub da esquina.
Eis a saída: Tostão como técnico. Tostão tem o carisma de quem foi campeão mundial, de quem venceu tudo, de quem jogou como poucos.
A questão é como negociar sua ida. Sou pragmático tal como todo bom inglês. Não existe nada que o dinheiro não possa comprar. Mesmo minha mulher Chrissie, que discorda de mim em tudo, concorda nisso.
Ofereçam a ele um bom dinheiro. Assegurem condições ideais para ele trabalhar: com isso quero dizer, coloquem no contrato que ele não sofrerá nenhuma espécie de interferência – nem de cartolas, nem de patrocinadores, nem de ninguém. (A ausência de Ricardo Teixeira é, em si, um bônus para Tostão.)
Embrulhem tudo isso numa causa nacional. Tostão há de entender que estão em jogo o orgulho, a honra, a alegria dos brasileiros. Tostão será capaz de executar as tarefas mais prementes do selecionado verde-amarelo, como, por exemplo, transformar Neymar de menino em adulto.
Feito isso, contratado Tostão, o caminho para o hexa estará plano, estupendamente agradável, para vocês, brasileiros.
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