O juiz federal de Parnaíba, Lucas
Rosendo Máximo de Araújo, concedeu liminar autorizando a
indisponibilidade de bens de ex-secretários estaduais de Transporte e
engenheiros ligados ao Porto de Luis Correia no período de 2007 a 2010.
Fotos: Raoni Barbosa
A
ação é para ressarcir cerca de R$ 12 milhões aos cofres públicos devido
a prejuízos por irregularidades na obra centenária. O pedido foi dos
procuradores Kelston Lages e Alexandre Assunção do Ministério Público
Federal. Os procuradores solicitaram que a Justiça conceda liminar para
tornar indisponíveis os bens de 12 pessoas que estariam envolvidas no
caso, entre ex-secretários, servidores públicos e executores do projeto.
O Cidadeverde.com confirmou a sentença, mas não obteve cópia da liminar devido o processo tramitar em segredo de justiça.
O procurador Kelston Lages informou que a ação civil pública foi para garantir que o dano ao erário seja ressarcido.
“Muitos
casos quando finaliza o processo, os bens dos acusados não são
encontrados ou já estão dilapidados ou transferidos para terceiros. A
decisão assegura os recursos desviados”, afirmou o procurador.
Kelston
Lages disse que a ação é com base na auditoria produzida pela
Secretaria de Controle Interno da Presidência da República (CISET) e
laudos de engenharia e contábil da Polícia Federal.
“É
uma obra estruturante para o Estado e lamentavelmente está emperrada e
não chegou ao fim. É um clamor da sociedade e estamos tentando buscar
soluções”, disse Kelston Lages.
Obra parada
O
porto de Luis Correia é uma das obras mais emblemática do Piauí. É
esperado desde o Império para alavancar a economia e nunca virou
realidade, só frustrações. Os primeiros estudos completam mais de 150
anos e contabilizam recursos superiores a R$ 390 milhões de
investimentos, segundo dados do Ministério da Pesca. A obra está
deteriorada e com peças irrecuperáveis. A construção do Porto teve
início nas décadas de 1970 e 1980 e paralisadas em 1986, por
insuficiência de recursos. A partir de 1988, a exploração do Porto foi
objeto de concessão, por 50 anos, ao Governo do Estado do Piauí. A obra
está parada e aguarda liberação de R$ 180 milhões do governo federal
para a segunda etapa do Porto. A informação foi anunciada pelo deputado
federal Jesus Rodrigues (PT), que preside a bancada piauiense em
Brasília.
( Cidadeverde)
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