(Foto: Divulgação)
Belém-Apesar
do término do inquérito policial presidido pelo delegado Ocimar
Nascimento, diretor da Seccional Urbana de Icoaraci, que indiciou por
homicídio culposo (quando não há intenção de matar) o autônomo Lauro
Sérgio Nogueira, a família da dançarina, Fernanda Trindade do
Nascimento, garante que o caso não está esclarecido e que a versão do
amigo da universitária não passaria de “uma história fantasiosa”.
A RBA/TV exibiu, no último final de semana, matéria exclusiva com Raimundo Nascimento , pai da vítima que disse estar cada vez mais convicto que o desaparecimento da filha ainda esconde muitos fatos não apurados pela Polícia Civil.
A RBA/TV exibiu, no último final de semana, matéria exclusiva com Raimundo Nascimento , pai da vítima que disse estar cada vez mais convicto que o desaparecimento da filha ainda esconde muitos fatos não apurados pela Polícia Civil.
Quase um mês depois do desaparecimento
da universitária de 20 anos, a família não desiste das buscas e, muito
menos, de tentar descobrir o que aconteceu com Fernanda que, pela versão
da única testemunha no momento do acidente, o autônomo Lauro Sérgio
Nogueira, teria caído de uma moto aquática próximo a praia do Farol, na
ilha de Cotijuba.
Em mais um dia de buscas pela ilha,
uma equipe da RBA/TV acompanhou Raimundo Nascimento, fazendo o trajeto
por onde a filha passou com Lauro Sérgio. O primeiro ponto que a
“história bate” é no restaurante onde o casal almoçou e depois há uma
sequência de contradições entre o depoimento prestado na polícia por ele
e das testemunhas.
Desde o inicio, o autônomo fala que os
dois estavam usando coletes salva-vidas, no entanto as testemunhas que o
jornalismo da RBA/TV entrevistou são unânimes em afirmar que os dois
não usavam o equipamento e o mais grave: uma testemunha os viu passarem
rumo à praia do Vai-quem-quer, enquanto Lauro Sérgio sustentou que eles
saíram rumo à praia do Farol.
Percorrendo a área ribeirinha de
Cotijuba os repórteres da RBA/TV conversaram com um pescador que, por
medida de segurança, também não será identificado. O homem informou que
viu quando o indiciado e a vítima passaram de moto aquática indo para a
praia do Vai-quem-quer, local que Lauro Sérgio disse em depoimento não
ter ido com a vítima.
O mesmo pescador relembra aquela
sexta-feira (7 de dezembro) quando viu o casal passando por volta das
15h e depois de uma hora viu apenas o empresário voltando com a moto
aquática. Já outra testemunha afirmou aos jornalistas que viu o casal
discutindo na hora do almoço e que Lauro Sérgio ameaçava a estudante.
“Ouvi ele dizer que a matava caso ela não acompanhasse ele a um local”,
revela a testemunha.
A próxima parada da equipe da RBA/TV
foi na praia do Amor onde a moto aquática de Lauro Sérgio Nogueira foi
achada. A testemunha revela que tinha dinheiro nela e logo em seguida um
homem acompanhado da Polícia Militar chegou ao local se dizendo dono do
Jet Ski.
A família contesta as questões
apuradas pela Polícia Civil e nega que objetos como a bolsa da vítima
com materiais pessoais não foi submetido à perícia e eles não têm
conhecimento se a moto aquática também passou por perícia no IML.
Para um experiente policial civil que
trabalhou em vários casos emblemáticos, o inquérito policial pode voltar
para novas diligências se assim entender o Ministério Público. Uma das
questões levantadas é quanto à possibilidade de uma reconstituição dos
fatos que poderiam dirimir todas as dúvidas claras levantadas na
apuração do caso e a quebra do sigilo telefônico tanto de Fernanda como
de Lauro Sérgio, que certamente revelariam muita coisa que ninguém sabe
até hoje.
No despacho do indiciamento, no dia 16
de dezembro, o delegado Ocimar Nascimento afirma que no decorrer da
apuração, comprovou-se cometimento do delito de “Homicídio Culposo” por
parte de Lauro Sérgio Nogueira da Silva, o qual agiu de forma imprudente
ao não utilizar o devido equipamento de segurança a quando de um
passeio de Jet Ski pelo leito do rio Guamá, resultando em um acidente e
na morte por afogamento da jovem Fernanda Trindade Nascimento.
(Diário do Pará)
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