
Renato Duque está preso outra vez, o
ex-tesoureiro do PT, Vacari Neto, foi indiciado pelo Ministério Público,
a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, aumentou seu patrimônio
em quase 4.500%. E a Petrobras está à beira de ser retirada a socos da
Bolsa de New York. Já está fora pelo menos do Índice de Sustentabilidade
do pregão americano.
Cabe bem a pergunta: o que diabos foi que
fizeram com este país? Sabe-se, agora, que o nome do senador maranhense
Edison Lobão, citado na lista do procurador geral da República, Rodrigo
Janot, consta do dossiê sobre o Fundo Postalis, outra formidável
corrupção, com direito a doleiro, que está sendo investigada pela
Polícia Federal. E não para por ai. Fraudes cometidas com imóveis
financiados pela Caixa Econômica Federal entraram na pauta de
investigações da PF.
Para qualquer lado do setor público que o
brasileiro desvie os olhos encontra uma famigerada quadrilha agindo
para roubar dinheiro público. E as manifestações da população contra
essa sangria gosmenta são tratadas como “golpismo”. Pior é que a crise
econômica gestada na divisão desses assaltos parece não ter saída no
curto prazo, ou seja, o brasileiro ainda vai pagar muito caro o preço
desse formidando botim. E tudo isso começou nas alianças de Lula com a
direita para manter o PT no poder indefinidamente.
O que aconteceu? Simples: a corrupção
entrou no DNA do PT e assistimos isto acontecer também aqui no Maranhão.
Homens que iniciaram a militância política distribuindo panfletos nas
portas das fábricas passaram a distribuir dinheiro público; outros, que
chegaram a apanhar da polícia em defesa da Reforma Agrária, acabaram
desviando recursos do Fundo de Combate à Pobreza e da agricultura
familiar. Praticamente nada, politicamente, aconteceu mais no Brasil,
nestes últimos anos, sem o concurso das “comissões”, das propinas e da
compra de consciências.
E a presidente Dilma vai falar sobre os
protestos ao lado de José Sarney. É isso mesmo, acredite quem quiser. O
mago das urucubacas políticas provavelmente foi chamado para arrancar a
presidente do abismo político em que o PT a enterrou. E já destilou
frases apoteóticas no melhor estilo comocional do guru: “Foi importante
lutar por democracia”, disse ante a visão de 2,5 milhões de brasileiros
que foram às ruas protestar.
Mas, o fato é que o povo brasileiro está
furioso, decepcionado, desalentado, torto de espanto diante de tanta
corrupção. E ainda há quem acredite que, passada a crise, Lula
retornará, de braços dados com Collor de Melo, Renan Calheiros e José
Sarney, para mais uma vez governar esse povo triste nas ruas.
Não no Brasil. Lula no Brasil, nunca mais. (Editorial do Jornal Pequeno)
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