Os mais de 30 milhões de aposentados, pensionistas e titulares de auxílios do INSS podem receber um reajuste anual inferior a 7,5% este ano. Isso porque o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — que é usado como base para corrigir os benefícios previdenciários a partir de 1º de janeiro — apresentou um movimento de queda no fim de 2016. Em novembro, por exemplo, o percentual acumulado fechou 12 meses em 7,38%, abaixo dos 7,5% sugeridos pelo governo na proposta orçamentária de 2017.
O percentual de 7,5% foi previsto no relatório preliminar do Orçamento da União aprovado pela Comissão Mista do Congresso Nacional. O índice era uma estimativa para o INPC de 2016, mas o percentual oficial só será divulgado oficialmente no dia 11 de janeiro, pelo IBGE, sendo retroativo ao dia 1º.
No caso dos aposentados e dos pensionistas do INSS que ganham apenas um salário mínimo, o valor do benefício reajustado já foi divulgado. O piso nacional subiu de R$ 880 para R$ 937 (alta de 6,47%), segundo um decreto assinado pelo presidente Michel Temer. O valor é R$ 8,80 menor do que os R$ 945 que haviam sido propostos em agosto pela própria União, na proposta orçamentária.
Como o aumento dos segurados do INSS que ganham acima do mínimo ainda é uma projeção, o EXTRA apresenta abaixo duas simulações para que os beneficiários tenham uma ideia de como ficariam seus rendimentos. Com a previsão de alta de 7,5%, o teto previdenciário — que hoje é de R$ 5.189 — passaria para R$ 5.579. Se o reajuste fosse de 7,38%, por exemplo, o valor ficaria em R$ 5.572.
Vale lembrar que os novos valores de aposentadorias, pensões e auxílios começarão a ser pagos em 25 de janeiro. O calendário de pagamento depende do número final do cartão de pagamento, sem considerar o último dígito (após o traço). Para quem recebe até um mínimo, os depósitos vão de 25 de janeiro a 7 de fevereiro. Os que ganham acima disso terão os valores nas contas entre 1º e 7 de fevereiro.
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