quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Bolsonaro fez uma tremenda asneira ao comprar brigar com o governo cubano

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Luciano Coutinho mentiu sobre a dívida de Cuba ao BNDES
Carlos Newton
Fica difícil apoiar um presidente como Bolsonaro, que faz uma asneira atrás da outra. Vejam agora o problema com o governo cubano, que acaba de anunciar a saída do programa Mais Médicos. A decisão vem após o presidente eleito ter anunciado que vai mudar o acordo de cooperação, em vigor há cinco anos, que traz médicos de outros países para atuarem em regiões com escassez de profissionais de saúde. A maioria dos médicos do programa (51%) vem de Cuba.
Como se dizia antigamente, Bolsonaro quer se tornar “palmatória” do mundo. Depois de criar desnecessários problemas com a China e os países árabes, Bolsonaro investiu contra os cubanos, esquecido de um ditado antigo – não se deve brigar com quem está nos devendo dinheiro…
PORTO DE MARIEL – Bolsonaro mostra ser do tipo que não sabe de nada e quer se meter em tudo. Cuba tem alta dívida com o BNDES, pela construção do Porto Mariel, sem haver garantia de pagamento. No Congresso, o então presidente do BNDES, Luciano Coutinho, mentiu descaradamente ao afirmar que a garantia fora dada pela Odebrecht, responsável pela obra. A empreiteira desmentiu a informação, disse que o contrato era garantido pelo Tesouro Nacional, através do Fundo de Apoio à Exportação.  
Na verdade, era uma jogada triangular do governo Dilma Rousseff, que criou o programa Mais Médicos para repassar dinheiro a Cuba, que então devolveria os recursos pagando ao BNDES.
CUBA SAI GANHANDO – Com a represália a Bolsonaro, quem sai ganhando é a dupla Cuba/Odebrecht. Em estado de pré-falência (igual ao Brasil), Cuba de repente se livra do pagamento de quase 700 milhões de dólares, depois de ter recebido descontos da ordem de US$ 68,4 milhões nos juros de empréstimos concedidos pelo BNDES, vejam a que ponto chegou a mamata.
Bolsonaro estava certo em tentar moralizar o Mais Médicos, que inclui a ignóbil e inaceitável exploração dos profissionais cubanos pelo regime de Havana, que inventou a exploração do homem pelo governo. Mas é óbvio que Bolsonaro agiu infantilmente, sem levar em conta a elevada dívida de Cuba com o Brasil, por generosidade do governo do PT.
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P.S.
 – Portanto, no Brasil fica cada vez mais atual o pensamento de Foster Dulles, secretário de Estado dos EUA em plena Guerra Fria: “Países não têm aliados, têm apenas interesses”. Mas os preceptores de Bolsonaro ainda não ensinaram esta lição ao presidente eleito, que esqueceu de passar no Posto Ipiranga(C.N.)

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