quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Mototaxista morre em desastre violento

Dupla morre em acidente na Cidade Nova 6 (Foto: Thiago Gomes)
(Foto: Thiago Gomes)



O conjunto Cidade Nova 6, em Ananindeua, está de luto por causa da morte do mototaxista Rafael Antônio Cardoso Costa, 22. Ele foi a primeira vítima fatal do acidente que envolveu a moto Suzuki, de 750 cc, placa MGQ-4971, e o Corsa, placa JTZ-6999, na SN 24, esquina com a travessa WE 77 – próximo ao quartel do Corpo de Bombeiros. Ele estava na garupa da motocicleta que era conduzida por Edmilson Martins Barbosa, 40, que ficou gravemente ferido. Os dois estavam sem capacetes. Testemunhas informaram que Edmilson seguia em alta velocidade, realizando manobras arriscadas, e perdeu o controle da moto batendo na lateral do carro, que ia fazer uma conversão à esquerda. O impacto foi tão forte que a moto ficou totalmente destruída e os dois “voaram” por cima do Corsa.
De acordo com as testemunhas, os dois veículos seguiam pela rua SN 24, no sentido Paar/Avenida D. Vicente Zico. O carro, conduzido por Ronaldo Costa Pinto, vinha a uma quadra de distância. Os passageiros da moto, além de estarem em alta velocidade, seguiam sobre uma roda apenas (o pneu dianteiro estava levantado).
Quando Ronaldo deu sinal de que ia dobrar à esquerda, para ter acesso à travessa WE 77, Edmilson tentou desfazer a manobra e perdeu o controle do veículo. As marcas da freada ficaram no asfalto. 
O morador Edilton Queiroz, que assistiu a colisão da frente de sua casa, disse que quando a moto perdeu a estabilidade ela chegou a dar um giro de 360° no ar – foi quando os dois passageiros foram arremessados. Edmilson foi jogado a quase 30 metros de distância e Rafael, que ficou mais perto da moto, foi atirado numa distância menor.
Rafael morreu na hora. Curiosos dizem que sua cabeça partiu com o impacto no chão. Edmilson foi socorrido pelos Bombeiros que tiveram que entubar o motociclista que ficou com o rosto desfigurado. “Ele ficou com o rosto cheio de sangue e entubaram porque havia riscos dele se sufocar com o próprio sangue”, disse Edilton.
Por incrível que pareça o corpo dos dois nem sequer chegou a tocar o carro, apenas a moto. O motorista Ronaldo disse quando a moto atingiu o carro ela já vinha girando no ar. “Quando eu vi, acelerei o carro para que eles não me atingissem, mas foi inevitável”, contou abalado. “Eu estava no lugar errado, na hora errada”, lamentou Ronaldo, enquanto prestava depoimento na Seccional da Cidade Nova, onde o caso foi registrado.
O avô de Rafael, Acássio da Costa, 69, passou mal na delegacia quando soube do acontecido. Emocionado, levantava as mãos ao céu e pedia consolo a Deus. “Eu tinha medo dele andar de moto, pedia para ele não fazer isso!”, lamentava.
(Diário do Pará)
 


 

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