(Foto: Thiago Gomes)
O conjunto
Cidade Nova 6, em Ananindeua, está de luto por causa da morte do
mototaxista Rafael Antônio Cardoso Costa, 22. Ele foi a primeira vítima
fatal do acidente que envolveu a moto Suzuki, de 750 cc, placa MGQ-4971,
e o Corsa, placa JTZ-6999, na SN 24, esquina com a travessa WE 77 –
próximo ao quartel do Corpo de Bombeiros. Ele estava na garupa da
motocicleta que era conduzida por Edmilson Martins Barbosa, 40, que
ficou gravemente ferido. Os dois estavam sem capacetes. Testemunhas
informaram que Edmilson seguia em alta velocidade, realizando manobras
arriscadas, e perdeu o controle da moto batendo na lateral do carro, que
ia fazer uma conversão à esquerda. O impacto foi tão forte que a moto
ficou totalmente destruída e os dois “voaram” por cima do Corsa.
De acordo com as testemunhas, os dois
veículos seguiam pela rua SN 24, no sentido Paar/Avenida D. Vicente
Zico. O carro, conduzido por Ronaldo Costa Pinto, vinha a uma quadra de
distância. Os passageiros da moto, além de estarem em alta velocidade,
seguiam sobre uma roda apenas (o pneu dianteiro estava levantado).
Quando Ronaldo deu sinal de que ia dobrar à
esquerda, para ter acesso à travessa WE 77, Edmilson tentou desfazer a
manobra e perdeu o controle do veículo. As marcas da freada ficaram no
asfalto.
O morador Edilton Queiroz, que assistiu a
colisão da frente de sua casa, disse que quando a moto perdeu a
estabilidade ela chegou a dar um giro de 360° no ar – foi quando os dois
passageiros foram arremessados. Edmilson foi jogado a quase 30 metros
de distância e Rafael, que ficou mais perto da moto, foi atirado numa
distância menor.
Rafael morreu na hora. Curiosos dizem que
sua cabeça partiu com o impacto no chão. Edmilson foi socorrido pelos
Bombeiros que tiveram que entubar o motociclista que ficou com o rosto
desfigurado. “Ele ficou com o rosto cheio de sangue e entubaram porque
havia riscos dele se sufocar com o próprio sangue”, disse Edilton.
Por incrível que pareça o corpo dos dois nem
sequer chegou a tocar o carro, apenas a moto. O motorista Ronaldo disse
quando a moto atingiu o carro ela já vinha girando no ar. “Quando eu
vi, acelerei o carro para que eles não me atingissem, mas foi
inevitável”, contou abalado. “Eu estava no lugar errado, na hora
errada”, lamentou Ronaldo, enquanto prestava depoimento na Seccional da
Cidade Nova, onde o caso foi registrado.
O avô de Rafael, Acássio da Costa, 69,
passou mal na delegacia quando soube do acontecido. Emocionado,
levantava as mãos ao céu e pedia consolo a Deus. “Eu tinha medo dele
andar de moto, pedia para ele não fazer isso!”, lamentava.
(Diário do Pará)
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