Foto: blog John Cutrim
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Carlos Madeiro
Do UOL
Candidato da situação ao governo do Maranhão, o senador Edison Lobão Filho (PMDB) aproveitou um debate na noite dessa quarta-feira (10), na Federação da Indústria do Maranhão, para tentar se descolar da família Sarney.
Lobão Filho fez críticas ao clã e disse que o ciclo de governo dos Sarney será encerrado deixando “imensos problemas”.
Lobão Filho está na segunda colocação na corrida pelo governo do Estado, segundo pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente da Embratur, Flávio Dino (PC do B).
“A partir de agora é preciso analisar que Estado vamos querer. Entro na política no momento em que se encerra um ciclo no nosso Estado, o ciclo da família Sarney. O presidente [José] Sarney sai da política, Roseana [Sarney] sai da política. Começa uma nova vida no Estado”, afirmou.
Em entrevista ao jornal “O Imparcial”, no dia 25 de agosto, Roseana afirmou que estava participando da campanha eleitoral de Lobão Filho, mas, assim como o pai dele, Edson Lobão, não é vista ao lado do candidato do governo nos atos de campanha.
Em junho, José Sarney anunciou sua aposentadoria, ao dizer que não iria disputar a reeleição ao Senado pelo Estado do Amapá. Também em junho, foi a vez da governadora Roseana Sarney (PMDB) anunciar que não iria disputar uma vaga no Senado pelo Maranhão e anunciar sua saída da política.
Durante sua fala, Lobão Filho também disse que o Estado será entregue ao próximo governador com problemas. “O Maranhão tem grandes desafios, tem grandes, imensos problemas”, afirmou.
“Amigo empresário”
O candidato Lobão Filho também falou sobre sua relação com o “amigo” e empresário Luiz Carlos Cantanhede Fernandes, proprietário da empresa Atlântica Serviços Gerais, que venceu licitação do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e vai gerir as urnas eletrônicas no dia da votação no Maranhão.
“Meu amigo Cantanhede foi atacado por vencer uma licitação do TRE, um homem íntegro, conhecido por vocês aqui. Veja o baixo nível da campanha, da imprensa, das redes sociais”, disse.
O candidato também aproveitou para defender seu pai, o ministro de Minas e Energia Edson Lobão, das denúncias do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto da Costa –que o acusou, junto com outras autoridades, a receber propina para ajudar a fechar contratos com a empresa.
“Meu pai tem 40 anos de política. Se alguma coisa ficar provada contra ele, eu, sendo governador, renuncio na mesma hora. Se há alguém que boto a minha no fogo, essa pessoa é o meu pai”, destacou.