Família Costa: rotina intensa de
cuidados caseiros e uma enfermeira em casa ajudaram a criar
desembaraços frente a exames. (Foto: Carmen Helena/Diário do Pará)
Entre os
contos do homem do saco, da mulher do algodão e outros contos de
carochinhas, existia um verdadeiro, literalmente de carne e osso: o
fura-dedo. Bastava um gritar na rua, “chegou o fura-dedo”, que as
crianças desapareciam, provavelmente escondidas.
O fura-dedo vestia um uniforme e percorria
as ruas com uma maleta. Entrava nas casas para furar das crianças. Para a
cabeça delas, era difícil entender. No entanto, o fura-dedo era um
agente de saúde que fazia o teste da filariose, que é uma doença causada
por parasitas.
Para muito além do fura-dedo, os contos,
mitos, tabus e preconceitos ligados aos exames laboratoriais ainda
resistem. Os pais do casal de irmãos Eduardo Henrique, 8 anos, e Maria
Eduarda, 4 anos, sempre procuram conversar com os filhos para esclarecer
as histórias na hora de fazer os exames. Ainda mais porque a mãe,
Danielle Costa, é enfermeira. “É normal as crianças não gostarem de
fazer exames, terem medo de agulhas. Mas uma boa distração ajuda vencer o
medo na hora.
Sempre tivemos a preocupação em fazer os
exames periódicos pelo menos duas vezes ao ano. Nos preocupamos com a
saúde deles e é importante que eles aprendam isso desde cedo”, afirma o
pai, Henrique Costa, 39, que faz questão de estar ao lado das crianças
na hora da furada.
Como os dois filhos de Henrique e Daniele
nasceram com problemas respiratórios, precisaram passar por exames e o
cuidado aumentou. “Eles faziam uma bateria de exames. Foi difícil no
início, mas hoje em dia o Eduardo segura a mão da irmã e tenta
acalmá-la, oferece coragem e segurança. Nessas horas o apoio da família é
importante”, diverte-se o pai. Duas vezes por ano a família Costa se
submete a um check up - série de exames que inclui de hemogramas até
raio-x.
Ter uma enfermeira em casa ajudou muito a
esclarecer e a superar qualquer medo ou mito. “Com minha esposa isso
facilitou muito, tanto para tirar dúvidas quanto na hora da agulhada.
Ela fica em cima, vendo como a técnica do laboratório faz, se está tudo
certo. Pois se nós adultos sofremos com várias furadas, imagina as
crianças.
E não é qualquer um que sabe lidar com
crianças”, alerta Henrique. Duas vezes por ano a família Costa se
submete a um check up - série de exames que inclui de hemogramas até
raio x. Ter uma enfermeira em casa ajudou muito a esclarecer e a superar
qualquer medo ou mito ou resistência”
Jejum não é obrigatório para todos exames de sangueDe acordo com a clínica médica da Hapvida, Michelle Garcia, nos dias atuais os pacientes estão mais informados e orientados, mas ainda há certas dúvidas que precisam ser esclarecidas. “É importante o esclarecimento, como por exemplo, as mulheres podem sim coletar exames de sangue quando menstruadas.
Jejum não é obrigatório para todos exames de sangueDe acordo com a clínica médica da Hapvida, Michelle Garcia, nos dias atuais os pacientes estão mais informados e orientados, mas ainda há certas dúvidas que precisam ser esclarecidas. “É importante o esclarecimento, como por exemplo, as mulheres podem sim coletar exames de sangue quando menstruadas.
A coleta em geral não dói, pois é rápida,
mas vai depender da sensibilidade de cada um. Nem todos os exames de
sangue precisam jejum, o paciente deve perguntar antes ao seu médico.
Não pode ser feita atividade física antes da coleta, pois isso altera
alguns resultados. Para a coleta de exames de fezes, não é preciso estar
em jejum, e pode-se beber água mesmo em exames que pedem jejum”,
esclarece a médica.
Michelle atenta na importância dos
laboratórios seguirem as normas técnicas e de higiene. “É importante a
preparação dos técnicos e também as condições de trabalho para evitar
efeitos colaterais nos pacientes, podendo haver a formação de hematomas,
no local onde foi feita a retirada, mas isso é algo que logo se resolve
sem grandes problemas”, explica a especialista.
“No meu ponto de vista o principal é
transmitir segurança e tranquilidade, sempre se apresentando, e dizendo
como vai ser realizado o procedimento e buscar relaxar ao máximo o
paciente. Hoje temos aparelhos que conseguem com muita rapidez analisar
as coletas dando um resultado confiável e rápido. Também se consegue com
uma quantidade cada vez menor de sangue fazer os mais variados exames.
Cada vez mais com a ajuda da tecnologia os exames estão ficando menos
invasivos e com isso gerando mais tranquilidade ao paciente”, garante
Michelle Garcia.
Confira a Série Dr. Responde do Diário do Pará, composta de cinco fascículos, publicados às terças-feiras de setembro. O primeiro fascículo saiu nesta terça-feira, 2 de setembro.
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