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Jorge Vieira
Em 2010, em pleno período da campanha eleitoral, o então presidente Luís Inácio Lula da Silva; ministro das Minas e Energias, Edison Lobão (PMDB); a governadora e candidata à reeleição Roseana Sarney (PMDB); candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) e o presidente da Petrobras Sérgio Gabrielle, lançaram a pedra fundamental do empreendimento que seria a redenção econômica do Maranhão: a Refinaria Premium de Bacabeira.
O lançamento da pedra fundamental e a promessa de uma infinidade de empregos e novos empreendimentos que aqui se instalariam por conta da refinaria foram parar no horário da propaganda eleitoral e serviram para embalar a campanha da então candidata a reeleição Roseana Sarney, que havia usurpado dois anos do mandato do governador Jackson Lago (PDT), através de um golpe judicial montado pelo ministro do TSE, Eros Grau, em conluio com o senador José Sarney (PMDB-AP).
Milhares de maranhenses foram iludidos com o sonho do progresso que finalmente, apesar do longo atraso, finalmente chegaria ao Maranhão, um estado devastado pela indigência humana, provocada pela corrupção desenfreada do grupo que mandou e desmandou ao longo de cinco décadas no poder. Pequenos empresários correram para se estabelecer no local, compraram terrenos a preço de ouro e agora recebem a notícia de que tudo não passou de uma ilusão e vão amargar o prejuízo.
A Refinaria de Bacabeira, que nos fizeram sonhar, foi apenas mais um estelionato eleitoral do grupo Sarney. Embora o senador Edison Lobão tenha afirmado que vai usar seu mandato para brigar pela continuação do projeto, o fato é que a presidente da Petrobras, Graça Foster, já anunciou que ela não será mais construída, em decorrência da crise do propinoduto na estatal.
Foster não disse, mas certamente o dinheiro que poderia tocar a obra foi todo desviado para o ralo da corrupção, tendo como uma das beneficiárias, segundo depoimento dado à Polícia Federal pelo ex-diretor de produção da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a ex-governadora Roseana Sarney.
Somente a  refinaria de Premium de Bacabeira, que não saiu do papel, deu um prejuízo à Petrobras da ordem de R$ 1,6 bilhão e seu projeto ainda será mandado para o arquivo morto. De lembrança restará apenas uma grande área desmatada, com fim incerto e não sabido, bancada com o sacrifício do povo brasileiro, mas que fez a felicidade de muitos espertalhões responsáveis pela terraplenagem do terreno.