quarta-feira, 1 de maio de 2019

Adolescente é morta a facadas no DF. Suspeito é o ex-namorado


 

O suspeito foi apreendido pela Polícia Militar. Ele deve ser autuado por ato infracional análogo ao feminicídio

 
 
Uma adolescente de 17 anos morreu após ser esfaqueada na quadra AR 19 de Sobradinho na noite de terça-feira (30/04/2019). O suspeito é ex-namorado da vítima, tem a mesma idade, e foi apreendido pela Polícia Militar. Ele deve ser autuado por ato infracional análogo ao feminicídio. A jovem chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a PM, o suspeito foi encontrado na casa onde mora, também na AR 19. Ele estava deitado e aparentava ter usado drogas. Depois de esfaquear a adolescente, o rapaz tentou jogar a arma do crime fora, mas uma testemunha viu e a entregou para a Polícia Civil do DF.
Somente neste ano, outros nove feminicídios foram registrados no Distrito Federal. O caso mais recente de violência contra a mulher que chocou os brasilienses foi o de Cácia Regina Pereira da Silva, 47. Ela está internada em estado grave no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), após o ex jogar ácido sulfúrico em seu corpo. O acusado tirou a própria vida depois, em Sobradinho.
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

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