Bela Megale
O Globo
Lula está “em clima de festa”. É assim que pessoas que falaram com o petista definiram seu estado de espírito após o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que confirmou a anulação de suas condenações na Lava-Jato nesta quinta-feira.
Segundo interlocutores do ex-presidente, Lula “está feliz demais” com a decisão e voltou a repetir que a Lava-Jato não faz mais parte da sua vida. O líder petista assistiu o julgamento de seu sobrado em São Bernardo do Campo, acompanhado da mulher, Rosângela Silva, que, segundo pessoas próximas ao casal, ficou “eufórica” com o resultado.
OTIMISMO – Aliados de Lula afirmam que ele já mostrava certo otimismo sobre o desfecho do julgamento, mas que não descartava a possibilidade de uma reviravolta.
Após a votação de 8 x 3 que manteve a nulidade das condenações, o petista falou por duas vezes com seus advogados, Cristiano Zanin e Valeska Martins. Lula parabenizou os defensores e disse que foi um trabalho longo, mas que hoje os frutos estão sendo colhidos. Também falou sobre pessoas que tentaram convencê-lo a buscar outras estratégias de defesa.
“Foi uma intensa batalha travada desde 2016. Apontamos tanto a incompetência do juízo de Curitiba como outros vícios. Hoje o reconhecimento pelo plenário do STF mostra que sempre estivemos no caminho certo. A suspensão das condenações foi confirmada pela maioria dos ministros, o que mostra a força jurídica dos argumentos que apresentamos há cinco anos”, disse Zanin à coluna.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Com toda certeza, a Justiça brasileira viveu nesta quinta-feira um dos julgamentos mais desqualificados, emprestáveis e ineptos de sua história, só comparável àquela sinistra sessão em novembro de 2019, quando o Brasil se tornou a única nação, entre os 193 países-membros da ONU, a somente decretar prisão após julgamento em quarta instância… Por coincidência, é claro, a sessão de 2019 libertou Lula da Silva, enquanto o julgamento desta quinta-feira limpou sua ficha suja, emporcalhada e imunda, para que possa novamente tentar presidir a República. Daqui a pouco, vamos voltar ao assunto, com detalhes altamente elucidativos sobre a vexaminosa decisão do STF. (C.N.)
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