Estudantes do curso de Medicina que cumprem internato em instituições de saúde em Parnaíba, denunciaram ao OitoMeia nesta quinta-feira (15/04), que ainda não foram vacinados contra Covid-19. Em Teresina, internos relatam viver a mesma realidade e reclamam sequer receber das autoridades previsão para início da imunização.
Em outros estados, a vacina para estudantes de Medicina e Enfermagem já vem sendo aplicada (Foto: Reprodução)
Em entrevista à reportagem, um estudante que reside em Parnaíba, informou que estagiários de outras áreas da saúde também não foram imunizados. Segundo a fonte, os alunos têm contato direto com pacientes, médicos e enfermeiros e atuam, inclusive, no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), referência em atendimento a pessoas infectadas pela Covid-19 no litoral.
“Todos os estagiários da área da saúde que estão passando por estágio obrigatório em instituições de saúde da cidade e que estão em contato direto com pacientes todos os dias não receberam a vacina, sequer a primeira dose, e não temos previsão. Desde começo do ano estamos cobrando todos os órgão da esfera municipal e estadual”, disse.
A causa passou a ganhar grande repercussão após a morte do a morte do estudante Márcio Pereira de Sousa, devido complicações causadas pela Covid-19. Ele fazia graduação na Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e cumpria internato em hospital de Teresina.
VACINAS NÃO CHEGARAM, DIZEM AUTORIDADES
A categoria já está inclusa no Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. Em março, a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), aprovou projeto de lei de autoria do deputado Marden Menezes (PSDB), que dá prioridade na vacinação aos estudantes da área de saúde em regime de internato. O PL aguarda sanção do governador Wellington Dias (PT).
As duas cidades que abrigam polos com grandes universidades, também, ainda não deram atenção a demanda da categoria. Procuradas pela categoria a resposta é sempre a mesma: as vacinas para os estagiários ainda não chegaram.
“Eles dizem que não chegou vacina para nosso grupo, mesmo estando em instituições de saúde não somos considerados como prioridade. Desde começo do ano estamos no PNI como categoria de trabalhadores da saúde. Então, automaticamente, somos prioridade na vacinação, mas não sei qual o entendimento de nossos governantes”, reclamou.
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