Levantamento do Ministério da Saúde em todo o Brasil, divulgado nesta sexta-feira, mostra também que já foram descartadas 71 suspeitas
- SAÚDE
Christina Lemos, da Record TV Brasília, e Fernando Mellis, do R7
Já foram descartados 71 casos suspeitos de covid-19
Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O Ministério da Saúde acompanhava até o meio-dia desta sexta-feira (28) 182 casos suspeitos de covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV2), aumento de 50 casos em relação a ontem.
Desde o início do monitoramento, já foram descartados 71 casos suspeitos.
Um homem de 61 anos, morador de São Paulo, é o único infectado com o SARS-CoV2 em todo o país até agora. Dois familiares dele chegaram a ter sintomas, mas o vírus foi descartado por exames laboratoriais.
O Sudeste é a região que mais concentra suspeitas de covid-19. São 66 pacientes monitorados em São Paulo; 19 no Rio de Janeiro; e 17 em Minas Gerais, de acordo com o ministério.
A alta do número de casos já era prevista, pois o Ministério da Saúde expandiu a lista de países em que há transmissão do coronavírus, que agora inclui 15 localidades, além da China, onde a epidemia teve início.
"Nós ampliamos o escopo de países. Com a situação da Itália, vai aumentar o número de casos notificados, porque você aumento o escopo de [viajantes] oriundos, principalmente da Itália, que é um país de colônia italiana extensa [no Brasil], presença de quase 100 mil brasileiros morando na Itália, que eventualmente vão e voltam. É natural que aumente", afirmou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista na tarde de ontem.
Antes, era considerado apenas quem apresentou febre e sintomas respiratórios após viagem à China — ou que teve contato com caso confirmado.
Agora, foram incluídos também viajantes oriundos da Austrália, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Cingapura, Tailândia, Alemanha, Itália, França, Irã e Emirados Árabes.