quarta-feira, 1 de maio de 2019

Após ser preso ‘em flagrante’ por abuso sexual, treinador de escolinha é absolvido

 

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Após mais de um ano sendo apontado como abusador de criança, o ancião Ivanildo Nunes da Silva, de 72 anos, foi absolvido de todas as acusações que pesavam contra ele, em julgamento ocorrido nesta terça (30), na 1ª Vara da Infância de Arapiraca.
Ivanildo Nunes da Silva, que é treinador de uma escolinha de futebol, foi preso “em flagrante” em março de 2018, e teve a vida devassada após ser acusado de abusar sexualmente dos seus alunos, todos menores de idade, mediante promessa de pagamento de R$ 2,00. O caso teve ampla repercussão na imprensa do estado e, ontem, a justiça decidiu pela improcedência da denúncia e absolvição do réu.
Segundo a defesa do treinador, que coube ao defensor público André Chalub Lima, “a criança foi levada para a delegacia sem a presença do pai, o qual afirma que ao chegar ao local seu filho já estava depondo e que as palavras do menino tinham sido distorcidas”.
O defensor ressaltou que os pais do menor sequer foram ouvidos como testemunhas e que a própria criança negou em diversas oportunidades que o abuso aconteceu. Ainda segundo Chalub, o laudo feito por uma pedagoga, uma assistente social e uma psicóloga, afirma que a criança não apresentou nenhuma situação em suas atividades diárias que se correlacione com o acontecido. Além disso, elas também observaram que o menino deseja voltar às atividades diárias com o treinador.
O caso
No mês de março do ano passado, o treinador de futebol Ivanildo Nunes da Silva, de 72 anos, foi preso após um suposto flagrante de abuso sexual contra um de seus alunos, ocorrido durante o treino no Parque Ceci Cunha, em Arapiraca.
Na época, imprensa divulgou, com base em informações policiais, que a criança teria confirmado o abuso e contado, inclusive, que o senhor ofereceria dinheiro em troca do silêncio dele sobre os abusos.
Acontece que, em testemunhos posteriores e entrevistas com profissionais da área de psicologia, pedagogia e assistência social, o menino negou o abuso, esclarecendo que ficou confuso com todo o tumulto no dia do suposto flagrante e com as perguntas e afirmações feitas pelos policiais no caminho para a delegacia e o durante o primeiro depoimento.
Segundo o menino, o treinador sempre dava dois reais a todos os seus alunos após os treinos para que eles comprassem “flaus”. O idoso também tinha o hábito de massagear as mãos dos estudantes quando eles caiam ou se machucavam, como forma de ajudar a “curar”.
No dia do suposto abuso, o treinador estaria apenas massageando a mão do menino e o ato teria sido confundido com um abuso. O depoimento da criança foi corroborado pelos pais do menino e outras testemunhas.

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