domingo, 18 de abril de 2021

Bolsonaro diz a apoiadores que deve fazer nova cirurgia para corrigir hérnia

 

 

O procedimento será o sétimo a que Bolsonaro será submetido

Gustavo Uribe
Folha

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (16) que deve ser submetido neste ano a uma nova cirurgia devido à facada que recebeu durante a campanha eleitoral de 2018. Em conversa com eleitores, o presidente disse que deve corrigir uma hérnia que se formou em seu abdome.

“Talvez, neste ano, mais umazinha [cirurgia]. Mas é tranquilo, de hérnia. Eu tenho uma tela aqui na frente. Está saindo o bucho pelo lado. Então, tenho que colocar uma tela do lado também”, afirmou. A nova cirurgia será a sétima a que o presidente será submetido desde a última campanha eleitoral. A última foi em setembro, quando ele retirou um cálculo na bexiga.

VACINAÇÃO – Bolsonaro já foi submetido a procedimento para correção de uma hernia. A cirurgia foi feita em 2019, um ano depois da facada. Na conversa em frente ao Palácio da Alvorada, a qual foi filmada por eleitores do presidente, Bolsonaro disse que se vacinará contra o coronavírus, mas não neste momento. “Tem muita gente apavorada aí aguardando a vacina. Então, deixa essas pessoas tomarem na minha frente. Eu vou tomar, mas por último”, afirmou.

O presidente disse ainda que deve definir a sanção do Orçamento deste ano na próxima segunda-feira, dia 19. A tendência é de que Bolsonaro faça vetos parciais na proposta. “Deve bater o martelo do orçamento na segunda-feira. Se eu vetar ou sancionar e não observar alguma legislação, eu estou incurso em crime de responsabilidade”, afirmou.

PRESSÃO – Bolsonaro tem até a quinta-feira, dia 22, para sancionar a proposta. O presidente tem sido pressionado pelo Poder Legislativo a não vetar emendas parlamentares acordadas em março. Em encontro no início desta semana, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse a Bolsonaro que caso ele não autorize a previsão do montante, ele poderá perder apoio junto a integrantes do centrão.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, no entanto, é a favor do veto e tem defendido que ele é necessário para evitar que o presidente corra o risco de cometer crime de responsabilidade fiscal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário