quinta-feira, 31 de maio de 2012

"Canibal de Miami foi drogado ou vítima de vodu", disse a namorada

"Eu não sei como explicar tudo isso de outra forma", disse a jovem, que afirmou que não acreditava em vodu até o incidente envolvendo Rudy Eugene


Divulgação
Rudy Eugene
Segundo a ex-mulher do agressor, ele já tinha um histórico de violência
MIAMI - O homem baleado pela polícia no sábado, enquanto devorava o rosto de um morador de rua em uma rua de Miami, foi drogado sem seu conhecimento ou vítima de um feitiço vodu, declarou sua namorada nesta quinta-feira ao jornal Miami Herald.


"Eu não sei como explicar tudo isso de outra forma", disse a jovem, que testemunhou de forma anônima ao jornal, e que afirma que não acreditava em vodu até o incidente envolvendo o namorado Rudy Eugene, de origem haitiana, de acordo com a imprensa americana.


Segundo ela, seu namorado, chamado por ela de "meu bebê, coração", fumava maconha regularmente, mas tentava parar e nunca tinha experimentado drogas mais fortes.


A jovem também o descreveu como um homem piedoso e que nunca foi violento. Contudo, de acordo com relatórios da polícia citados pelo jornal Miami Herald, em 2004 ele chegou a ameaçar a mãe e quebrar seus móveis durante uma discussão.


A mãe, entrevistada pela emissora de televisão local CBS-4 e também citada pelo jornal, assegura que seu filho "não era um delinquente".


"Todo mundo diz que era um zumbi, mas eu sei que não é verdade. É o meu filho", declarou Ruth Charles.

Ainda internado em estado grave em um hospital de Miami, a vítima de Rudy Eugene, Ronald Poppo, era um estudante brilhante de Nova York antes de se tornar alcoólatra e ir parar nas ruas, de acordo com uma de suas irmãs entrevistada pelo canal WFOR-TV.


Sua família perdeu o contato com ele há anos, disse. "Nós pensávamos que ele estava morto", acrescentou.


Rudy Eugene foi morto no sábado, no início da tarde, embaixo de uma ponte no centro de Miami enquanto devorava o rosto de Ronald Poppo.


O crime, cujos detalhes foram muito comentados nas redes sociais nos Estados Unidos, pode estar ligado ao consumo de uma nova droga sintética, segundo a polícia.

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