Aproveite a hora do banho para descobrir mais zonas erógenas
Foto: Internet
Por Silvana Melo Lembro claramente da cena de um seriado de TV intitulado “Escrava Anastácia” apresentado na década de 90. A história se passava numa época em que a escravidão era lugar comum no Brasil. Mas será que apenas os negros eram escravizados? E as mulheres? Não tinham os seus sonhos, desejos e prazeres negados? Bem... Sufocada e submissa dentro de uma sociedade patriarcal, a mulher do tal seriado era apenas a representação de tantas outras encontradas ao longo da história da repressão sexual feminina.
Ela aparece tendo relação sexual com o marido. Durante o ato, a mesma expressava um prazer (não sei como! Uma vez que carícias simplesmente não existiam). Imediatamente o marido interrompeu o ato, indignado com o fato. Ela, apavorada, prometeu ao mesmo que “aquilo” (o prazer) nunca mais iria acontecer). Pois é... Por muito tempo, ao longo da história da humanidade, o prazer foi negado à mulher. No entanto, a década de 60 foi marcada pela conhecida Revolução Sexual. A partir daí, as mulheres passaram a reivindicar o seu direito ao prazer. Muito tempo se passou e muitas descobertas a sexologia propiciou. A mulher descobriu a importância das carícias para uma boa excitação. Descobriu também o papel do clitóris na obtenção do orgasmo. Pois é... Hoje vivemos uma busca desenfreada pelo prazer. Afrodisíacos, “dicas preciosas”, zonas erógenas e pontos de prazer!
O ponto C fica no clitóris. E o ponto G, onde fica? Será mesmo que ele é passaporte garantido para o paraíso? Esse é um tema muito polêmico entre os estudiosos do assunto. Até o momento, não existe comprovação científica no que diz respeito a tal ponto. No entanto quem acredita na existência do mesmo o descreve como uma saliência ou ponto rugoso que pode ser tocado na parede anterior da vagina, a uma distância de 2,5 a 5 cm da entrada vaginal. Durante a fase de excitação, o ponto G intumesce e fica bem maior, assim como o clitóris.
Essa teoria defende a ideia de que esse ponto seria o equivalente feminino da próstata masculina. Os primeiros trabalhos sobre esse tema relatam que algumas mulheres, embora provavelmente não todas, teriam essa “próstata feminina” e que, durante o orgasmo, teriam uma espécie de ejaculação. Ainda dentro dessa teoria, acredita-se que o ponto G é especialmente sensível e favorece um maior prazer se for estimulado diretamente (a grande questão é achá-lo!) .
É bem verdade que muitas mulheres experimentam sensações mais prazerosas em certas partes da vagina. No entanto varia de mulher para mulher a localização exata dessas zonas. Para algumas, está na primeira terça parte da parede anterior da vagina .
O fato é que muitas mulheres o procuram freneticamente e, às vezes, se sentem frustradas por não tê-lo encontrado! Se você não encontrou esse tão polêmico ponto, não se desespere! Que tal fazer o que chamamos de mapeamento erótico? Reserve um tempo para você mesma e para o seu prazer. No banho, ainda molhada, você pode tocar todo o seu corpo com um gostoso sabonete líquido ou óleo corporal com um aroma envolvente. Durante a experiência, você pode colocar uma música relaxante ou sensual.
Feche os olhos e se concentre única e exclusivamente nas sensações prazerosas. Explore todo o corpo, inclusive os genitais (externa e internamente). Se demore nas partes mais prazerosas. Fantasie se quiser... Faça uma gostosa viagem ao prazer. E, mesmo que não encontre o tão cobiçado ponto G, relaxe. Você pode encontrar os pontos A, B, C, D, E... Enfim, se estiver tranquila, relaxada e concentrada, você pode encontrar e desfrutar do alfabeto inteiro de prazer.
Se permita! ... E Muito Prazer pra você!
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