Rio -  "Olha a correntinha da Suelen!” No comércio da Saara, no Centro, a frase ecoa na voz de locutores das lojas de bijuterias que anunciam a sensação do momento. O cinto da personagem Suelen, da atriz Isis Valverde na novela ‘Avenida Brasil’, virou febre. Ambulantes de Copacabana também entraram na moda, que alavanca as vendas. No bairro da Zona Sul, os preços são bem mais salgados.
Na Rua da Alfândega, de cada 10 lojas de acessórios, oito vendem a corrente dourada com pingente de coração. “É sucesso total. Todo mundo pede. Vendemos mais de 50 por dia”, comemora a gerente do Atacadão Biju, Pity da Saara, que recebe 1.500 peças por mês e vende a R$ 2,99.
Ana Paula, de 23 anos, tem vários modelos do acessório. O marido dela adora | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia
Ana Paula, de 23 anos, tem vários modelos do acessório. O marido  dela adora | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia
“Uso por fora da roupa no frio e no calor, faço questão marcar a cintura com a barriga de fora. Também tenho o brinco e o batom da Suelen”, conta Priscila dos Santos, 19. “Acho lindo e meu namorado aprova”, garante Caroline da Silveira, 19. Marmanjos pela cidade fazem coro.
“A corrente valoriza o corpo da mulher”, avalia Eduardo Cintra, 27, que trabalha em loja na R. Senhor dos Passos e dá consultoria de moda para a mulherada. “Para magrinhas, indico a corrente fina. Para as mais cheinhas, é melhor o cinto mais grosso.”
A vendedora Mayara Barcellos, 21, admite ser vaidosa como Suelen, mas só tira do armário roupas ousadas em “ocasiões especiais”: “Na balada, gosto de vestidinho, short, que valorizam o corpo. No trabalho sou mais social.”
Figurinista comemora o sucesso da personagem
A figurinista da novela ‘Avenida Brasil’, Marie Salles, comemora sua contribuição para o sucesso da personagem de Isis Valverde: “Gosto de marcar os personagens com acessórios, isso ajuda a firmar a personalidade de uma pessoa. E a Suelen está arrasando, acho que essa moda já pegou.”
A vendedora Ana Paula Florencio, 23 anos, adora a Suelen e tem vários modelos da correntinha: “Geralmente uso com a barriga de fora. Está bem em alta esse acessório e meu marido também gosta quando uso”, contou.
Nos camelôs de Copacabana, a febre do cinto começou há dois meses e não passou. “No sábado, passo de 50 peças”, conta a ambulante Áurea Carvalho. Em Copa, o cinto sai por R$ 10, R$ 7 a mais que no Centro.

( O Dia RJ )