
(Foto: Rogério Uchôa)
Belém- Quem procurar atendimento
nas unidades de saúde do município e PSM do Umarizal e do Guamá, a
partir da meia noite desta quinta-feira (2), encontrará apenas 30% dos
profissionais trabalhando. A medida representa o início da greve geral
dos trabalhadores da saúde da cidade de Belém, confirmada na nesta
quarta-feira (1º), durante entrevista coletiva com a Sindicato dos
Médicos (Sindmepa) e outros diversos sindicatos da saúde.
Insatisfeitos com o posicionamento
apresentado pela Prefeitura Municipal de Belém (PMB), através da
Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), enfermeiros, nutricionistas,
psicólogos, dentistas, farmacêuticos, assistentes sociais,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e técnicos em radiologia
decidiram juntar-se aos médicos, que já estão com suas atividades
paralisadas, para pressionar o atendimento da PMB aos oito pontos de
reivindicação apresentados pela classe.
A Sindmepa informou, durante a
coletiva, que apenas os casos de urgência e emergência, quando houver
risco imediato de morte para o paciente, serão atendidos. Os casos
considerados menos graves pelos médicos serão encaminhados para
atendimento posterior. Os dirigentes sindicais também elucidaram o fato
de que as melhorias nas condições de trabalho dos profissionais são
necessárias para elevar a qualidade no atendimento prestado à população.
O plano de greve dos servidores está sendo
sinalizado desde o dia 19 julho, um dia após uma reunião realizada com a
Sesma. Na ocasião, a Secretaria afirmou que das oito exigências feitas
pelos servidores, apenas duas poderiam ser atendidas, e não
integralmente.
Ainda de acordo com o Sindmepa, a PMB
convocou representantes dos sindicatos da saúde para uma nova reunião,
na tarde desta quarta-feira (1º), mas o objetivo inicial é tratar apenas
da implementação do Plano de Cargos, Carreiras, e Remuneração (PCCR) da
saúde. A Sindmepa avisou que a reunião não invalidará a decisão sobre o
início da greve geral. Caso haja alguma proposta, os servidores devem
se reunir numa nova assembleia para avaliá-la.
Para marcar o início da greve geral, os
servidores realizam amanhã (2), um ato em frente ao Pronto-Socorro
Municipal Mario Pinotti, conhecido como PSM da 14, para esclarecer a
população sobre os motivos da greve e orientar como ficará o atendimento
durante este período.
A pauta de reivindicações
unificada contém oito itens e foi enviada à Secretaria Municipal de
Saúde (Sesma) no dia 5 de julho. Veja as oito exigências dos
trabalhadores da saúde descritas no site do Sindmepa:
- Melhoria das condições de trabalho nas
Unidades de Saúde para reverter as precárias instalações, equipamentos,
materiais e medicamentos;
- Recuperação das perdas salariais em face do congelamento dos abonos que compreendem a parte principal da remuneração;
- Incorporação dos abonos após sua correção ao salário base;
-Vale alimentação para todos os servidores
da área da saúde com valor baseado na cesta básica calculada pelo
Dieese, e com garantia de refeição aos plantonistas das unidades de
saúde, no local de trabalho;
- Pagamento do retroativo relativo ao
adicional de turno que deixou de ser pago conforme previsto na Lei nº
7.502 de 20/12/90, em seu Art. 84 – Estatuto dos Funcionários Público do
Município de Belém;
- Pagamento e incorporação das perdas históricas de 20,84% já reconhecidas judicialmente ao salário base;
- Implementação do PCCR da saúde com ampla discussão com os trabalhadores da área através de suas entidades representativas;
- Implantação da mesa permanente de negociação do SUS em Belém.
Sesma fala sobre negociações
A Secretaria Municipal de Saúde anunciou,
através de nota, que realizará uma coletiva de imprensa ainda nesta
quarta-feira (1º), às 17h, para apresentar os pontos em que considera
ter avançado durante as negociações com os servidores da rede municipal
da saúde.
A coletiva acontece no Palácio Antônio
Lemos, sede da PMB e contará com a presença da secretária municipal de
saúde, Sylvia Santos.
(DOL)
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