POR Paulo Ricardo Moreira
Rio -
A polêmica sobre a sexualidade de Roni, vivido por Daniel Rocha em ‘Avenida Brasil’,
tem atiçado a imaginação e o desejo das mulheres ... E dos homossexuais
também! Não bastasse o assédio de meninas, que querem dar um trato no
marido de Suelen (Isis Valverde) e “ajudá-lo” a virar hetero, o ator
paulista, de 21 anos, tem recebido cantadas de homens que se identificam
com o jeito fofo, sensível e romântico do craque de bola do Divino, e
torcem por um possível romance entre Roni e o melhor amigo, Leandro
(Thiago Martins).
“São cantadas educadas,
os homens me respeitam mais do que as mulheres. As meninas atacam,
arranham, puxam o cabelo. Quando vou jogar futebol beneficente no
interior, saio com a roupa toda rasgada”, conta Daniel. Ele tem uma
teoria: “Isso só acontece com ator. Bota uma atriz linda e gostosa e vê
se os homens a atacam? Eles são mais respeitosos”.
Apesar da paixão reprimida por Leandro, Roni ainda não assumiu sua opção sexual. Mas seu intérprete torce, sim, para que o filho do machão Diógenes (Otávio Augusto) se declare e fique com o jogador no final. “Para mim, como ator, é mais interessante, desafiador, que Roni termine com Leandro. Não sei se ele é gay, mas também acho que, dramaturgicamente, essa dúvida sobre a sexualidade é melhor do que ter a certeza”, diz.
Se rolar beijo gay, Daniel já se prontificou a fazer, sem problemas. Mas será que o público está preparado para assistir à cena de dois homens se beijando na TV?
“É ingenuidade achar que não existe racismo e preconceito. Qual seria a reação de um pai com seu filho que visse na novela um personagem anunciando sua sexualidade? Ainda é um problema social e cultural, porque viemos de uma geração machista. Isso pesa muito”, analisa ele. “Tenho amigos gays que namoram, mas não assumem sua sexualidade para a família. Gostam do Roni porque ele não tem o estereótipo, não é caricato. Tem sensibilidade, mas não é frágil”, completa.
Na trama de João Emanuel Carneiro, Roni, Suelen e Leandro estão vivendo juntos sob o mesmo teto. Daniel acha interessante mostrar essa ousada relação a três na novela, mas não assumiria um triângulo amoroso na vida real: “Deixo esse tipo de relação para os personagens”. A surpresa ao descobrir que o pé é o ponto fraco do rapaz não mudou sua visão por essa parte do corpo. “Nunca reparei em pés, nem olho!”, garante, aos risos. Mas ele revela o que observa primeiro no corpo de uma mulher: “Os olhos... Dizem muitas coisas”.
A química com Isis Valverde, diz o ator, foi conquistada com o tempo. “Acho fundamental ter essa sintonia. Criamos uma relação de amizade e respeito. A gente preserva muito isso para fazer a cena da melhor maneira possível”, explica. Nem as cenas de sexo com a periguete mais desejada do Divino abalam os nervos do ator. “Para mim, só é complicado por causa da construção do personagem, da dúvida sobre a sexualidade. Mas sou experiente em teatro. Já perdi um pouco desse pudor e timidez”, frisa o ator, que passou três anos no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), grupo experimental comandado por Antunes Filho, em São Paulo.
Além da formação nos palcos, ele busca inspiração em dois ídolos do cinema: Marlon Brando e James Dean. “Vejo e copio o jeito deles. São escolas que me ensinam muito. Acho Marlon um ótimo ator. Espero que um dia chegue a ser um Marlon Brando. Ele tira coelho da cartola o tempo todo, é gênio!”, derrama-se.
Solteiro, Daniel tem aproveitado para curtir a vida no Rio, onde mora há seis meses e pretende fixar residência. Quando não grava no dia seguinte, gosta de sair à noite com amigos do elenco. Sobre paquera, ele se diz um pouco tímido. “Ainda estou me adaptando ao assédio. Tem que ter um pouco de jogo de cintura. Mas é difícil encontrar alguém que goste das mesmas coisas que eu, que tenha afinidade. Se eu chamar a pessoa para ir ao cinema e assistir a um filme em preto e branco, francês, ela vai querer? Tem que ter química, encaixar. Por isso estou solteiro”, argumenta ele, que terminou há três meses o namoro com a atriz paulista Monizza, 18. “Não estou à procura. Agora, estou focado na novela, no meu crescimento profissional”, decreta.
E para acabar com a curiosidade de muita gente, ele entrega: “Nunca namorei uma periguete como a Suelen. Nem faz o meu tipo, né?”.Evangélico, o ator não mistura a religião com a profissão. “Tenho minha fé, porém sou um artista”, diz ele, que estudou violino por dez anos. Se na novela bate um bolão no Divino, na real ele arrasa nos ringues. É campeão panamericano, sul-americano, brasileiro e paulista de kickboxing, luta que pratica desde os 15 anos e hoje virou hobby, além do surfe. “Comecei a lutar para me defender na escola, era muito magrinho e levava a pior no jogo. Não gosto de futebol”, conta o ator.
Ator brilha no horário nobre | Foto: João Laet / Agência O Dia
Apesar da paixão reprimida por Leandro, Roni ainda não assumiu sua opção sexual. Mas seu intérprete torce, sim, para que o filho do machão Diógenes (Otávio Augusto) se declare e fique com o jogador no final. “Para mim, como ator, é mais interessante, desafiador, que Roni termine com Leandro. Não sei se ele é gay, mas também acho que, dramaturgicamente, essa dúvida sobre a sexualidade é melhor do que ter a certeza”, diz.
Se rolar beijo gay, Daniel já se prontificou a fazer, sem problemas. Mas será que o público está preparado para assistir à cena de dois homens se beijando na TV?
“É ingenuidade achar que não existe racismo e preconceito. Qual seria a reação de um pai com seu filho que visse na novela um personagem anunciando sua sexualidade? Ainda é um problema social e cultural, porque viemos de uma geração machista. Isso pesa muito”, analisa ele. “Tenho amigos gays que namoram, mas não assumem sua sexualidade para a família. Gostam do Roni porque ele não tem o estereótipo, não é caricato. Tem sensibilidade, mas não é frágil”, completa.
Na trama de João Emanuel Carneiro, Roni, Suelen e Leandro estão vivendo juntos sob o mesmo teto. Daniel acha interessante mostrar essa ousada relação a três na novela, mas não assumiria um triângulo amoroso na vida real: “Deixo esse tipo de relação para os personagens”. A surpresa ao descobrir que o pé é o ponto fraco do rapaz não mudou sua visão por essa parte do corpo. “Nunca reparei em pés, nem olho!”, garante, aos risos. Mas ele revela o que observa primeiro no corpo de uma mulher: “Os olhos... Dizem muitas coisas”.
A química com Isis Valverde, diz o ator, foi conquistada com o tempo. “Acho fundamental ter essa sintonia. Criamos uma relação de amizade e respeito. A gente preserva muito isso para fazer a cena da melhor maneira possível”, explica. Nem as cenas de sexo com a periguete mais desejada do Divino abalam os nervos do ator. “Para mim, só é complicado por causa da construção do personagem, da dúvida sobre a sexualidade. Mas sou experiente em teatro. Já perdi um pouco desse pudor e timidez”, frisa o ator, que passou três anos no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), grupo experimental comandado por Antunes Filho, em São Paulo.
Além da formação nos palcos, ele busca inspiração em dois ídolos do cinema: Marlon Brando e James Dean. “Vejo e copio o jeito deles. São escolas que me ensinam muito. Acho Marlon um ótimo ator. Espero que um dia chegue a ser um Marlon Brando. Ele tira coelho da cartola o tempo todo, é gênio!”, derrama-se.
Solteiro, Daniel tem aproveitado para curtir a vida no Rio, onde mora há seis meses e pretende fixar residência. Quando não grava no dia seguinte, gosta de sair à noite com amigos do elenco. Sobre paquera, ele se diz um pouco tímido. “Ainda estou me adaptando ao assédio. Tem que ter um pouco de jogo de cintura. Mas é difícil encontrar alguém que goste das mesmas coisas que eu, que tenha afinidade. Se eu chamar a pessoa para ir ao cinema e assistir a um filme em preto e branco, francês, ela vai querer? Tem que ter química, encaixar. Por isso estou solteiro”, argumenta ele, que terminou há três meses o namoro com a atriz paulista Monizza, 18. “Não estou à procura. Agora, estou focado na novela, no meu crescimento profissional”, decreta.
E para acabar com a curiosidade de muita gente, ele entrega: “Nunca namorei uma periguete como a Suelen. Nem faz o meu tipo, né?”.Evangélico, o ator não mistura a religião com a profissão. “Tenho minha fé, porém sou um artista”, diz ele, que estudou violino por dez anos. Se na novela bate um bolão no Divino, na real ele arrasa nos ringues. É campeão panamericano, sul-americano, brasileiro e paulista de kickboxing, luta que pratica desde os 15 anos e hoje virou hobby, além do surfe. “Comecei a lutar para me defender na escola, era muito magrinho e levava a pior no jogo. Não gosto de futebol”, conta o ator.
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