Rio -  Ontem foi dia dos cariocas meditarem na Praça Floriano, na Cinelândia, Centro do Rio. Mais de seis mil pessoas abriram mão da praia para ver de perto o guru indiano Sri Sri Ravi Shankar — considerado o quinto homem mais influente da Índia —, que liderou uma meditação coletiva no local, o ‘Medita Rio’. O evento foi organizado pela fundação internacional Arte de Viver, criada por Ravi Shankar há 30 anos, presente em mais de 160 países. O encontro também contou com a participação da atriz Juliana Paes, que chorou.
Juliana chora durante evento | Foto: André Muzell e Philippe Lima / Ag. News
Juliana chora durante evento | Foto: André Muzell e Philippe Lima / Ag. News
“Não tem a ver com religião e sim, com qualidade de vida, ter paz. A minha está infinitamente melhor. Hoje eu queria estar aqui e conhecer o guru, com toda a gratidão que tem no meu coração”, explica a estrela da novela ‘Gabriela’.

O evento durou três horas e foi embalado por ‘bajas’, cantos de meditação, além dos shows de Luiza Possi, Fernanda Gonzaga, filha de Gonzaguinha, e da Orquestra de Cordas da Grota.

Munidos de pedaços de tecido que ganharam para forrar o chão da praça, seguidores, admiradores e curiosos sentaram-se para meditar. Muitos choraram ao ouvir os cânticos. Uma jovem desmaiou, mas foi socorrida por bombeiros.

Entre o público que não era seguidor do movimento estava o estudante Thiago Brum, 23. “Tenho um amigo que frequenta a Arte de Viver e quis conhecer Ravi Shankar. Vou pegar o conceito de meditação e, se gostar, aprimorar”, avisa Thiago.
Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Mais de seil mil pessoas lotaram a Praça Floriano, na Cinelândia, para meditar com o líder espiritual indiano. O evento durou cerca de três horas | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Outros estreantes, esses mirins, foram levados até lá pela mãe e pela tia, a empresária Cristiane Bravo: Luiza, 6, Ana, 6, Sergio, 7 e Clara, 10. “É legal conhecer coisas novas”, afirma Clara.

Ambulantes adaptam as mercadorias

Enquanto cariocas meditavam, a baiana Rosa Perdigão faturava com os acarajés ‘vegan’, feitos especialmente para os vegetarianos.

“Minha barraca é fixa aqui na Praça, e recebi a orientação para dobrar a produção dos ‘vegans’. É uma acarajé normal, mas que não leva camarão no vatapá. Sou a única no Rio que faz desse jeito”, disse, orgulhosa.

Os vendedores ambulantes de bebidas também aumentaram o lucro, mas vendendo apenas refrigerante — nada de bebida alcoólica. “A gente se adapta bem”, brincou Marcos Cruz.( O Dia )