quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sequestradores foram presos pela Polícia Civil do Pará

Sequestradores foram presos pela Polícia Civil  (Foto: Alzyr Quaresma)
(Foto: Alzyr Quaresma)


A ação da Polícia Civil que resultou no desmantelamento da quadrilha que sequestrou no último dia 17 um adolescente de 15 anos, filho de um empresário do ramo da agroindústria de Marabá pode não ter chegado ao fim. Está sendo investigada a possibilidade de envolvimento de outras pessoas além das seis identificadas – e de dois homens que morreram na “Operação Uliana”, quando tentaram resistir à investida da polícia para resgatar o adolescente. Também está sendo apurado de que forma se deu a abordagem, sendo possível a realização de uma reconstituição para que a polícia possa ter o máximo de detalhes do caso.
“Ainda não temos nada concreto a respeito da participação de outras pessoas, mas é possível que tenham outras pessoas envolvidas”, alegou o delegado Hennison José Jacob Azevedo, respondendo pela diretoria da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), que investigou o crime, cujo inquérito é presidido pelo delegado Carlos André.
Ainda segundo o delegado Hannison, a forma como se deu a abordagem na hora do sequestro ainda é algo que precisa ser mais detalhado. “Tudo que a gente tiver de informação a respeito do caso ajuda para que nenhuma injustiça seja cometida no inquérito”, argumentou.

EFICÁCIA NA REPRESSÃO
Conforme explicou o delegado Hannison, a prática de sequestros em nosso Estado não é muito comum quanto em outros centros do país, e a ação eficaz da polícia ajuda a coibir esse tipo de prática. “Os bandidos daqui em geral não têm paciência pra esse tipo de ação, que necessitam de uma logística e um preparo muito grande. Acreditamos que essa quadrilha ainda não tenha agido com a excelência com que agem bandidos do tipo em outras partes, mas estamos preparados para combater qualquer tipo de sequestro”, avisou.
As recomendações da polícia, sobretudo para pessoas com bom poder aquisitivo, é não ficar refém de si próprio, achando que a qualquer momento vai ser sequestrado, mas tomar alguns cuidados como evitar seguir sempre o mesmo caminho, na medida do possível evitar ficar exibindo os bens em redes sociais. “Não tem como prevenir 100% os sequestros. Mas um pouco de cuidado aqui e ali pode fazer a diferença”, recomendou.
Entenda o caso
No início da tarde de segunda feira (17), um adolescente de 15 anos e o taxista da família foram sequestrados no bairro do Umarizal em Belém. O preço pedido ao pai do garoto, um empresário da agroindústria de Marabá, foi de R$ 3 milhões. Foram mantidos em um cativeiro numa área de mata do município de Santa Izabel. A polícia conseguiu fazer o resgate no final da tarde da última segunda feira (24), onde dois homens que supostamente tinham ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) foram mortos em confronto com policiais.
No sítio, José Raimundo dos Santos Souza e Ricardo Anderson da Silva foram detidos. A polícia deteve também em Ananindeua, no bairro do Aurá Carlos Maciel Pereira da Silva e Nelson Roberto Nascimento Negrão. Já em Belém, no bairro do Guamá, a esposa de Roberto, Renata Cavaleiro de Macedo, foi capturada. De dentro do presídio de Americano, Israel Gama Soares, conhecido como ou “Punk” ou “Israelzinho”, batizado no PCC quando esteve preso no Estado de São Paulo, foi descoberto pela Polícia Civil como o suposto articulador da quadrilha. Na operação que ficou conhecida como “Uliana”, um rifle, uma escopeta e uma espingarda, além de 23 quilos de cocaína, foram apreendidos.
(Diário do Pará)
 


 

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