terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ayres Britto fecha com chave de ouro o julgamento, condenando Dirceu e Cia. Ltda. por formação de quadrilha



Carlos Newton


Quase às 20 horas, o presidente do Supremo, Ayres Britto, começou a votar. Até agora, a maioria está com 5 votos pela condenação, contra 4 votos pela absolvição de quadrilha O voto de Ayres Britto é o último do processo e vai definir a situação da maioria dos réus.


Britto fechou o placar em 6 a 4. Fim de papo.


“Paz pública é algo relacionado à ordem jurídica”, disse ele, acrescentando que “a paz pública é essa sensação coletiva”, para então assinalar que “o trem da ordem jurídica não pode descarrilar”.
Em seguida, disse que “há uma liga entre as pessoas que se associam em quadrilha”.
No final, Britto vota como Barbosa e condena Dirceu, Delúbio, Genoino, Valério, seus ex-sócios, Simone, Kátia, Salgado e Samarane. O ministro só absolveu Geiza e Ayanna, que foram inocentadas por unanimidade.


O ministro Celso de Mello começa a votar e indica de imediato o rumo de seu raciocínio: “Nunca presenciei caso em que o crime de quadrilha se apresentasse, em meu juízo, tão nitidamente caracterizado”, acrescentando que “esta estabilidade se projeta para mais de dois anos, 30 meses. Eu nunca vi algo tão claro”, disse Celso de Mello sobre o tipo de associação entre os réus.


 “Vítimas somos todos nós”


A seu ver, para que se exista quadrilha, “basta que seja uma associação permanente, de trabalho comum, combinado”. E assinalou: - “Vítimas, senhor presidente, somos todos nós, ao lado do Estado. Vítimas de organizações criminosas que se reúnem em bandos”.
Mais adiante, fulminou: “O que eu vejo nesse processo são homens que desconhecem a República”, disse Celso de Mello, acrescentando que o objetivo dos acusados era dominar o sistema político brasileiro, de forma “inconstitucional”.
“Os fins não justificam a adoção de quaisquer meios, especialmente quando tais meios se apresentam em conflito extensivo com a Constituição e as leis da República”, prosseguiu o decano dos ministros do Supremo, um jurista de verdade, realmente de notório saber e de conduta inatacável. “Estamos a condenar não atores políticos, mas protagonistas de sórdidas artimanhas criminosas”, disse Celso de Mello.
O ministro acompanha o voto de Joaquim Barbosa e condena Dirceu, Delúbio, Genoino, Valério, seus ex-sócios, Simone, Kátia, Salgado e Samarane, mas absolve  Geiza e Ayanna.
Vira.vira, virou, e o placar vai a 5 a 4 pró condenação da quadrilha.(Tribuna da Internet )


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