
(Foto: Paulo Queiroz)
A polícia
civil, através da Superintendência do Salgado e Núcleo de Apoio a
Investigação (NAI), prendeu na tarde de ontem, em Castanhal, nordeste do
Estado do Pará , seis pessoas acusadas de tráfico de drogas. Os suspeitos
estavam com mais de três quilos de “limãozinho”, uma espécie de maconha
modificada e que vicia mais rápido.
A prisão dos acusados aconteceu depois de
muita investigação. A polícia tinha como objetivo descobrir como
acontecia a distribuição de drogas na Cidade Modelo. Após uma denúncia,
os policiais interceptaram uma motocicleta na entrada da cidade e
encontraram, no interior do veículo, uma sacola com um quilo de
“limãozinho”, que seria a maconha modificada para viciar mais rápido e
também camuflar o odor exalado pela droga.
“O entorpecente fica mais concentrado e tem o
efeito mais longo. É uma nova modalidade dos traficantes para
dificultar a fiscalização da polícia”, pontua o delegado Augusto
Damasceno.
Depois de interrogar os acusados, a polícia
descobriu que mais droga seria entregue em Castanhal, desta vez via
automóvel, para dificultar ainda mais a ação da polícia. Na Rodovia BR
316, um carro da marca Siena, com as mesmas características repassadas à
polícia, estava entrando na cidade.
Para a surpresa da equipe policial, a droga
estava em uma sacola parecida com a que identificava a primeira droga
apreendida. Depois que a ‘casa caiu’, os policiais foram ao bairro
Jaderlândia e encontraram mais um tablete da maconha. Ao todo foram
apreendidos três quilos e cem gramas da droga.
Foram presos em flagrante Alan Paulo Moura
de Sousa, 24; Genilson Soares Evangelista, 27; Ronaldo Brandão da Silva,
34; Fernanda Araújo da Silva, 18; Lucilene de Sousa Pinto, 30; e
Jéssica Maria Soares, 22. Os acusados foram autuados por tráfico e
associação para o tráfico de drogas. “Todos os seis têm envolvimento com
o tráfico. As mulheres vêm seguindo a atividade criminosa deixada pelos
maridos ou namorados. Foi um duro golpe que demos no tráfico em
Castanhal. Temos a certeza que existe mais gente por trás disso e vamos
prender”, disse Damasceno.
Segundo a superintendência do Salgado, a
distribuição de drogas em Castanhal era comandada de dentro dos
presídios. Uma grande quadrilha, inclusive com ramificações
interestaduais estaria agindo por conta de ordens de presidiários. “Já
sabemos que a ordem para vender a droga na cidade partia de dentro da
cadeia. Uma das acusadas tem o marido preso e era ele que dizia para
quem seria vendido. Sabemos que tem gente de outros estados como Piauí e
Ceará envolvidos no tráfico. Vamos identificá-los e pedir suas
prisões”, avisa o superintendente da zona do Salgado, delegado Luiz
Xavier.
As três mulheres foram encaminhadas para o
presídio feminino em Ananindeua. Já os três homens foram transferidos
para o Centro de Recuperação de Castanhal (CRCAST), onde estão à
disposição da justiça.
(Diário do Pará)
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