segunda-feira, 1 de outubro de 2012

"Barão do Pó" volta para o Amazonas




Cumprindo pena em uma penitenciaria de segurança máxima no distrito de Americano no município de Santa Izabel do Pará por tráfico e associação para o tráfico desde abril de 2010, José Roberto Fernandes Barbosa, conhecido nos meios policiais como o “Barão do Pó”, estava de volta a sua terra natal, o Estado do Amazonas, onde segundo a Polícia Civil do Pará era considerado um dos maiores traficantes de drogas no eixo Pará-Amazonas.
José Roberto conseguiu sua transferência que vinha sendo tratada desde julho deste ano quando o advogado que defende o condenado solicitou ao juiz titular da 2ª Vara de Execuções Penais da Região Metropolitana de Belém, João Augusto de Oliveira Júnior a solicitação de transferência e recebeu anuência do Ministério Público do Estado Amazonas através do promotor Marco Aurélio Lisciotto.
O DIÁRIO teve acesso a toda tramitação jurídica no Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas desde o momento que o juiz das Execuções Penais do Pará recebeu a solicitação de José Roberto Fernandes Barbosa afirmando que seus familiares residem naquele Estado fato que dificulta a convivência com estes, prejudicando por consequência a sua reinserção social.
Com a entrada da solicitação o juiz paraense João Augusto de Oliveira Júnior instou a se manifestar o Ministério Público do Amazonas que se disse favorável e em seguida o Juízo das Execuções Penais da comarca de Manaus o fez anuindo à transferência requerida do “Barão do Pó”.
No despacho datado de 13 de agosto de 2012 o juiz da 2ª Vara de Execuções Penais da Região Metropolitana de Belém decide: “Autorizo a transferência do apenado para dar continuidade ao cumprimento da reprimenda que lhe foi imposta no Estado do Amazonas, o que deve se dar sem ônus para o Estado do Pará” finaliza o despacho do juiz.
Mesmo antes desta decisão prolatada quanto à transferência do “Barão do Pó” os juízes responsáveis pelas Execuções Penais das duas comarcas envolvidas no caso trataram de questões quanto à vaga para o preso.
Dote e Barão formavam parceria do mal

Em ofício datado de 23 de julho de 2012, o juiz Luís Carlos Honório de Valois Coelho da Vara de Execuções Penais de Manaus respondendo ofício de Belém entendeu desnecessário a solicitação da vaga trazendo para si a condição de permuta, “procedimento que tem sido comum entre Estados”, afirma o juiz no documento.
Mesmo antes da decisão o promotor de justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas Marco Aurélio Lisciotto instado a se manifestar considerou o pleito legal tornando “a pena executada de forma menos gravosa ao apenado, facilitando-se, assim, sua ressocialização”, destacou o promotor.
O documento tramitou muito sigiloso e no início desta semana o documento autorizando a transferência do “Barão do Pó” chegou até a Superintendência do Sistema Penal do Pará para cumprimento sendo agora apenas questões administrativas para que José Roberto Fernandes Barbosa seja levado para o Amazonas.

ESQUEMA DESMONTADO
José Roberto Fernandes Barbosa cumpria pena por tráfico e associação para o tráfico de drogas depois que teve a prisão preventiva decretada e acabou preso em Manaus associado a uma grande apreensão de drogas realizada pelo delegado Eder Mauro Cardoso Barra da Divisão de Repreensão a Furtos e Roubos de Belém.
Ele era acusado pela Polícia Civil do Pará de ser o braço mandante do tráfico entre os dois Estados tendo como braço direito o traficante paraense Josicley Braga de Moura, o “Dote”, que também se encontra recolhido cumprindo pena no Centro de Recuperação III em Americano.
Na época Hertz Nunes da Silva e Sérgio Augusto O. Oliveira foram presos pelo delegado Eder Mauro Barra em uma casa na rua Acapulco no conjunto Tapajós que foi alugado para servir de laboratório de refino de entorpecente.
No local os policiais civis da DRFR encontraram uma arma de uso exclusivo das forças de segurança e todo o material utilizado no refino da droga que estavam sendo enviadas de Manaus via balsas por José Roberto Fernandes Barbosa em um fundo falso de um veículo Fiat Strada.
A prisão dos dois homens e seus depoimentos na polícia foram importantes para a continuidade do inquérito policial que culminou com o pedido de prisão preventiva do “Barão do Pó” que foi preso em Manaus e encaminhado a Belém para responder por seus atos criminosos.
(Diário do Pará)

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