Cumprindo
pena em uma penitenciaria de segurança máxima no distrito de Americano
no município de Santa Izabel do Pará por tráfico e associação para o
tráfico desde abril de 2010, José Roberto Fernandes Barbosa, conhecido
nos meios policiais como o “Barão do Pó”, estava de volta a sua terra
natal, o Estado do Amazonas, onde segundo a Polícia Civil do Pará era
considerado um dos maiores traficantes de drogas no eixo Pará-Amazonas.
José Roberto conseguiu sua transferência
que vinha sendo tratada desde julho deste ano quando o advogado que
defende o condenado solicitou ao juiz titular da 2ª Vara de Execuções
Penais da Região Metropolitana de Belém, João Augusto de Oliveira Júnior
a solicitação de transferência e recebeu anuência do Ministério Público
do Estado Amazonas através do promotor Marco Aurélio Lisciotto.
O DIÁRIO teve acesso a toda tramitação
jurídica no Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas desde o momento
que o juiz das Execuções Penais do Pará recebeu a solicitação de José
Roberto Fernandes Barbosa afirmando que seus familiares residem naquele
Estado fato que dificulta a convivência com estes, prejudicando por
consequência a sua reinserção social.
Com a entrada da solicitação o juiz
paraense João Augusto de Oliveira Júnior instou a se manifestar o
Ministério Público do Amazonas que se disse favorável e em seguida o
Juízo das Execuções Penais da comarca de Manaus o fez anuindo à
transferência requerida do “Barão do Pó”.
No despacho datado de 13 de agosto de
2012 o juiz da 2ª Vara de Execuções Penais da Região Metropolitana de
Belém decide: “Autorizo a transferência do apenado para dar continuidade
ao cumprimento da reprimenda que lhe foi imposta no Estado do Amazonas,
o que deve se dar sem ônus para o Estado do Pará” finaliza o despacho
do juiz.
Mesmo antes desta decisão prolatada
quanto à transferência do “Barão do Pó” os juízes responsáveis pelas
Execuções Penais das duas comarcas envolvidas no caso trataram de
questões quanto à vaga para o preso.
Dote e Barão formavam parceria do mal
Em ofício datado de 23 de julho de 2012, o juiz Luís Carlos Honório de Valois Coelho da Vara de Execuções Penais de Manaus respondendo ofício de Belém entendeu desnecessário a solicitação da vaga trazendo para si a condição de permuta, “procedimento que tem sido comum entre Estados”, afirma o juiz no documento.
Em ofício datado de 23 de julho de 2012, o juiz Luís Carlos Honório de Valois Coelho da Vara de Execuções Penais de Manaus respondendo ofício de Belém entendeu desnecessário a solicitação da vaga trazendo para si a condição de permuta, “procedimento que tem sido comum entre Estados”, afirma o juiz no documento.
Mesmo antes da decisão o promotor de
justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas Marco Aurélio
Lisciotto instado a se manifestar considerou o pleito legal tornando “a
pena executada de forma menos gravosa ao apenado, facilitando-se, assim,
sua ressocialização”, destacou o promotor.
O documento tramitou muito sigiloso e no
início desta semana o documento autorizando a transferência do “Barão
do Pó” chegou até a Superintendência do Sistema Penal do Pará para
cumprimento sendo agora apenas questões administrativas para que José
Roberto Fernandes Barbosa seja levado para o Amazonas.
ESQUEMA DESMONTADO
ESQUEMA DESMONTADO
José Roberto Fernandes Barbosa cumpria
pena por tráfico e associação para o tráfico de drogas depois que teve a
prisão preventiva decretada e acabou preso em Manaus associado a uma
grande apreensão de drogas realizada pelo delegado Eder Mauro Cardoso
Barra da Divisão de Repreensão a Furtos e Roubos de Belém.
Ele era acusado pela Polícia Civil do
Pará de ser o braço mandante do tráfico entre os dois Estados tendo como
braço direito o traficante paraense Josicley Braga de Moura, o “Dote”,
que também se encontra recolhido cumprindo pena no Centro de Recuperação
III em Americano.
Na época Hertz Nunes da Silva e Sérgio
Augusto O. Oliveira foram presos pelo delegado Eder Mauro Barra em uma
casa na rua Acapulco no conjunto Tapajós que foi alugado para servir de
laboratório de refino de entorpecente.
No local os policiais civis da DRFR
encontraram uma arma de uso exclusivo das forças de segurança e todo o
material utilizado no refino da droga que estavam sendo enviadas de
Manaus via balsas por José Roberto Fernandes Barbosa em um fundo falso
de um veículo Fiat Strada.
A prisão dos dois homens e seus
depoimentos na polícia foram importantes para a continuidade do
inquérito policial que culminou com o pedido de prisão preventiva do
“Barão do Pó” que foi preso em Manaus e encaminhado a Belém para
responder por seus atos criminosos.
(Diário do Pará)
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