terça-feira, 23 de outubro de 2012

Conselheira tutelar, vítima de acidente, morre no Pará

Conselheira tutelar, vítima de acidente, morre  (Foto: Antônio Barroso)
(Foto: Antônio Barroso)



A conselheira tutelar Maria da Glória de Oliveira Rosa, 35 anos, casada e mãe de três adolescentes, faleceu na noite de sábado, 20, no Hospital Municipal de Jacundá. A causa da morte estaria associada a uma embolia pulmonar. Ela havia recebido alta médica do Hospital Regional de Turucuí no dia 19 após permanecer seis dias internada em recuperação de um acidente de trânsito que a vitimou na noite de 12 de outubro, juntamente com sua amiga e colega de trabalho Ruthe da Silva Saraiva, 36, que veio a óbito no local. As duas estavam a serviço do Conselho Tutelar da Criança e Adolescente de Jacundá. Uma equipe da Polícia Militar de Jacundá acompanhava as conselheiras, quando aconteceu o acidente na rodovia PA-150, perímetro urbano da cidade, por volta de 23h e 30 minutos daquela fatídica noite.
A vice-presidente do Conselho Tutelar, Wilma Ferreira, uma das últimas pessoas a vê-la com vida, havia relatado anteriormente à reportagem que as conselheiras receberam uma denúncia de abandono de incapaz, no bairro Boa Esperança, por volta de 23 horas do dia 12. “Elas acionaram a Polícia Militar e em seguida seguiram para o endereço indicado, porém, o trabalho foi interrompido com o acidente” que aconteceu na rodovia PA-150, num retorno próximo a Igreja Assembleia de Deus. Glória pilotava uma moto Bros JVC 7787, que foi atingida na lateral pela caminhonete L200 Triton, placa NUN 4155, do município de Itupiranga-PA. Com o impacto, Ruthe foi arremessada por cima do carro e caiu no asfalto. Glória recebeu atendimento emergencial no Hospital Municipal de Jacundá e em seguida encaminhada ao Hospital Regional de Tucuruí. A mulher teve fratura em um dos pés.

A MORTE
Glória se recuperava em casa ao lado da família. Na tarde de sábado recebeu a visita de colegas de trabalho. E a noite, por volta de 20 horas, quando o esposo Wilson Rosa a auxiliava no banho, ela começou passar mal. Levada às pressas para o Hospital Municipal, a mulher faleceu na sala de emergência.
Em sua página pessoal, no Facebook, o secretário de Saúde de Jacundá, Ailton Lima, publicou: “Não entendo porque a Glória voltou de Tucuruí...”, deixando a entender que a paciente não poderia receber alta médica. A doutora Kátia Milhomem respondeu: “profissionalmente falando, embolia pulmonar sempre nos pega de surpresa”, esclarecendo que morte teria sido causada por uma embolia pulmonar, que é “a obstrução das artérias dos pulmões por coágulos (trombos ou êmbolos) que, na maior parte das vezes, se formam nas veias profundas das pernas ou da pélvis e são liberados na circulação sanguínea”, explica o site do dr. Drauzio Varella.
Evangélica, Glória pertencia à Igreja Assembleia de Deus Madureira, onde seu corpo foi velado. Uma multidão seguiu o cortejo fúnebre para dar adeus a conselheira, que foi sepultada no cemitério da cidade de Jacundá, por volta de 18 horas de domingo, 21. 
Histórico – Coincidentemente as duas conselheiras saíram candidatas a vereadoras na última eleição. Ruthe obteve 149 votos e Glória 444. A morte das mulheres causou profunda dor e comoção na sociedade jacundaense.
(Diário do Pará)
 


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário