(Foto: Antônio Barroso)
A
conselheira tutelar Maria da Glória de Oliveira Rosa, 35 anos, casada e
mãe de três adolescentes, faleceu na noite de sábado, 20, no Hospital
Municipal de Jacundá. A causa da morte estaria associada a uma embolia
pulmonar. Ela havia recebido alta médica do Hospital Regional de Turucuí
no dia 19 após permanecer seis dias internada em recuperação de um
acidente de trânsito que a vitimou na noite de 12 de outubro, juntamente
com sua amiga e colega de trabalho Ruthe da Silva Saraiva, 36, que veio
a óbito no local. As duas estavam a serviço do Conselho Tutelar da
Criança e Adolescente de Jacundá. Uma equipe da Polícia Militar de
Jacundá acompanhava as conselheiras, quando aconteceu o acidente na
rodovia PA-150, perímetro urbano da cidade, por volta de 23h e 30
minutos daquela fatídica noite.
A vice-presidente do Conselho Tutelar, Wilma
Ferreira, uma das últimas pessoas a vê-la com vida, havia relatado
anteriormente à reportagem que as conselheiras receberam uma denúncia de
abandono de incapaz, no bairro Boa Esperança, por volta de 23 horas do
dia 12. “Elas acionaram a Polícia Militar e em seguida seguiram para o
endereço indicado, porém, o trabalho foi interrompido com o acidente”
que aconteceu na rodovia PA-150, num retorno próximo a Igreja Assembleia
de Deus. Glória pilotava uma moto Bros JVC 7787, que foi atingida na
lateral pela caminhonete L200 Triton, placa NUN 4155, do município de
Itupiranga-PA. Com o impacto, Ruthe foi arremessada por cima do carro e
caiu no asfalto. Glória recebeu atendimento emergencial no Hospital
Municipal de Jacundá e em seguida encaminhada ao Hospital Regional de
Tucuruí. A mulher teve fratura em um dos pés.
A MORTE
A MORTE
Glória se recuperava em casa ao lado da
família. Na tarde de sábado recebeu a visita de colegas de trabalho. E a
noite, por volta de 20 horas, quando o esposo Wilson Rosa a auxiliava
no banho, ela começou passar mal. Levada às pressas para o Hospital
Municipal, a mulher faleceu na sala de emergência.
Em sua página pessoal, no Facebook, o
secretário de Saúde de Jacundá, Ailton Lima, publicou: “Não entendo
porque a Glória voltou de Tucuruí...”, deixando a entender que a
paciente não poderia receber alta médica. A doutora Kátia Milhomem
respondeu: “profissionalmente falando, embolia pulmonar sempre nos pega
de surpresa”, esclarecendo que morte teria sido causada por uma embolia
pulmonar, que é “a obstrução das artérias dos pulmões por coágulos
(trombos ou êmbolos) que, na maior parte das vezes, se formam nas veias
profundas das pernas ou da pélvis e são liberados na circulação
sanguínea”, explica o site do dr. Drauzio Varella.
Evangélica, Glória pertencia à Igreja
Assembleia de Deus Madureira, onde seu corpo foi velado. Uma multidão
seguiu o cortejo fúnebre para dar adeus a conselheira, que foi sepultada
no cemitério da cidade de Jacundá, por volta de 18 horas de domingo,
21.
Histórico – Coincidentemente as duas
conselheiras saíram candidatas a vereadoras na última eleição. Ruthe
obteve 149 votos e Glória 444. A morte das mulheres causou profunda dor e
comoção na sociedade jacundaense.
(Diário do Pará)
Nenhum comentário:
Postar um comentário