Cerca de 400 estudantes de escolas públicas invadiram a reitoria da
Universidade Federal do Ceará (UFC) durante uma reunião entre os
presidentes do conselho estudantil e o reitor da universidade.
O encontro seria para decidir o percentual de alunos que participariam das cotas, que destinarão vagas da UFC aos estudantes da rede pública. A reunião começou por volta das 7h30 desta terça-feira (30).
Foram quebradas quatro portas e uma lixeira. Foto: Gustavo Sampaio
Os estudantes chegaram à reitoria e permaneceram na parte traseira do prédio. Em seguida, eles tentaram invadir o local, mas foram impedidos pelos seguranças. Mas ainda conseguiram adentrar nas dependências do prédio da Administração.
Confira imagens do quebra-quebra:
Fotos: Gustavo Sampaio/ João Vitor Cavalcanti
Os manifestantes quebraram quatro portas, uma lixeira, vidros e danificaram persianas. Durante a ação, os funcionários permaneceram trancados e o reitor chamou uma equipe do Ronda do Quarteirão, que permaneceu na reitoria para manter a segurança.
Segundo informações da pró-reitora de administração, Ana Maria Moreira, os alunos tentaram quebrar computadores e levar notebooks. E que os manifestantes não respeitaram os próprios representantes. “Estamos passadas com uma situação dessas de total desrespeito”, lamenta.
Reunião
A reunião terminou por volta das 10 horas, devido à confusão, e a decisão final do percentual deve ser somente do reitor.
O percentual de cotas oferecido pelo reitor foi de 12, 5 contra os 50% reivindicados pelos alunos. “A discussão estava em cima da questão da sustentabilidade desse percentual. A universidade não discutia o mérito do percentual da Lei de Cotas. O orçamento já teria sido acertado e a universidade teria que obter assistência estudantil, residência universitária, bolsas e custos que alunos carentes iriam necessitar”, explica a pró-reitora.
Estudantes
Segundo informações do diretor de comunicação do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFC e vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (Une), Ivo Braga, a reunião teve uma proposta do movimento estudantil para que se aprovasse os 50% e não houve consenso entre as duas partes.
O movimento acredita que a universidade tem capacidade de receber mais alunos de escolas públicas e que tem condições estruturais para os alunos. De acordo com Ivo, havia uma opinião do movimento de que os estudantes não deveriam invadir o conselho universitário para que não atrapalhasse na decisão do reitor. Ele afirma que houve um excesso por parte dos estudantes, mas acredita que os fatos ocorridos fazem parte da manifestaçã ( Ciario do Nordeste )
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