Lavanderia comunitária do Ilhotas promove solidariedade e cooperação

Lavanderia comunitária promovendo melhorias na condição de vida e auto-estima.

Nycholas Nascimento/Ccom 

Lavanderia comunitária do bairro Ilhotas (Foto:Ascom Sasc)

A Secretaria da Assistência Social e Cidadania (Sasc), por meio da Unidade de Proteção Social Básica, desenvolve um trabalho com 40 mulheres na lavanderia comunitária do bairro Ilhotas, que além de capacitá-las, promove ações solidárias e cooperativas.
Todas as lavadeiras trabalham diariamente em período integral e tem o acompanhamento de estagiárias do curso de Psicologia da Faculdade Integral Diferencial (Facid), que colaboram no desenvolvimento de ações que irão aflorar o lado solidário e de cooperação de cada lavadeira, além de contribuir para melhoria da autoestima e satisfação na atividade cotidiana.
A coordenadora da unidade operacional Ilhotas, Jaila Alcântara, destaca o lado social e a parceria com a Facid naquilo que é apresentado as mulheres na lavanderia. “Não é só a atividade da lavagem, que é importante, pois vai inseri-las na sociedade, no mercado de trabalho, mas é, sobretudo, uma maneira de promovermos um encontro de histórias familiares que muito se assemelham. São passagens na vida destas mulheres que mostram conflitos, e em alguns casos, tragédias no contexto familiar, e é neste momento, que a parceria com a Facid e suas jovens psicólogas que nos ajudam na ideia de uma maior conscientização da importância da cooperação no trabalho, ao passo que, toda uma dinâmica é aprimorada”, explica.
Lívia Rodrigues, estudante do 6º bloco do curso de Psicologia, avalia o trabalho que é levado da academia para o Ilhotas como uma fonte de aprendizagem prática e real. “Trabalhamos aqui a união deste grupo de mulheres e a interação na atividade. É desenvolver o protagonismo social, observando que a atividade comunitária muda uma vida. As angústias, perda familiar (o luto) são fatores que todas estas mulheres nos trazem. É, neste momento, que enfocamos, além da atuação no grupo, para voltarmos nossas atenções na individualidade de cada uma delas”, destaca.
A lavadeira Maria dos Santos fala do que mudou na sua vida desde o instante em que começou a trabalhar na lavanderia, “ É bom trabalhar, encontrar as colegas, ter uma renda. Com o trabalho, tenho mais garra e mais vontade”, diz.
Lembrando que o lucro de todas as lavagens fica com as mulheres que trabalham na unidade Ilhotas e à Sasc cabe a responsabilidade sobre toda a logística operacional da lavanderia.