Dois
médicos do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia
(UFU), no Triângulo Mineiro, e sete empresários foram denunciados pelo
Ministério Público Federal (MPF), por crimes de corrupção, peculato,
falsidade ideológica e formação de quadrilha, anteontem. Segundo o
órgão, os envolvidos faziam implantes de marca-passos e desfibriladores -
que regulam batimentos cardíacos - em número desproporcional ao do
restante do país.
As investigações revelaram o esquema que envolvia fabricantes e revendedoras dos aparelhos, que pagavam propinas aos médicos. O procurador da República Frederico Belucci denunciou que, de 2003 a 2008, os médicos Elias Ésber Kanaan e Petrônio Rangel Salvador Júnior, do Sistema Único de Saúde (SUS), receberam "comissões" de 5% a 10% dos valores dos equipamentos.
Conforme o MPF, o pagamento era feito por depósitos bancários em contas pessoais, sendo que houve parcelas de propinas superiores a R$ 48 mil. Segundo a denúncia, para legitimar as operações nos pacientes do SUS, os médicos montaram um complexo sistema para falsificar assinaturas de colegas até mesmo do diretor do hospital.
"As assinaturas legitimavam o implante, como se as mais altas autoridades médicas da instituição tivessem tido contato com o paciente e aprovado a medida. Entretanto, a prática era apenas formal. Mesmo com todas as assinaturas, o controle da situação residia apenas nas mãos dos denunciados", disse Belucci.
Por meio do esquema, imenso número de pacientes receberam os marca-passos desnecessariamente, já que quanto maior o número de cirurgias, maior era a comissão dos médicos.
O MPF apurou que em alguns casos, os médicos faziam a cirurgia sem necessidade ou em pacientes que deveriam receber tratamento menos invasivo e menos oneroso, chamado eletrofisiologia.
Vida útil. Eles ainda adiantavam a troca dos aparelhos antes do fim do prazo de validade dos equipamentos. O procedimento poderia ser evitado com a telemetria - método que avisa com precisão quanto tempo de vida os equipamentos possuem -, de acordo com Eduardo Augusto, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular.
"Ela informa se já é indicado fazer a cirurgia", disse o especialista.
As investigações revelaram o esquema que envolvia fabricantes e revendedoras dos aparelhos, que pagavam propinas aos médicos. O procurador da República Frederico Belucci denunciou que, de 2003 a 2008, os médicos Elias Ésber Kanaan e Petrônio Rangel Salvador Júnior, do Sistema Único de Saúde (SUS), receberam "comissões" de 5% a 10% dos valores dos equipamentos.
Conforme o MPF, o pagamento era feito por depósitos bancários em contas pessoais, sendo que houve parcelas de propinas superiores a R$ 48 mil. Segundo a denúncia, para legitimar as operações nos pacientes do SUS, os médicos montaram um complexo sistema para falsificar assinaturas de colegas até mesmo do diretor do hospital.
"As assinaturas legitimavam o implante, como se as mais altas autoridades médicas da instituição tivessem tido contato com o paciente e aprovado a medida. Entretanto, a prática era apenas formal. Mesmo com todas as assinaturas, o controle da situação residia apenas nas mãos dos denunciados", disse Belucci.
Por meio do esquema, imenso número de pacientes receberam os marca-passos desnecessariamente, já que quanto maior o número de cirurgias, maior era a comissão dos médicos.
O MPF apurou que em alguns casos, os médicos faziam a cirurgia sem necessidade ou em pacientes que deveriam receber tratamento menos invasivo e menos oneroso, chamado eletrofisiologia.
Vida útil. Eles ainda adiantavam a troca dos aparelhos antes do fim do prazo de validade dos equipamentos. O procedimento poderia ser evitado com a telemetria - método que avisa com precisão quanto tempo de vida os equipamentos possuem -, de acordo com Eduardo Augusto, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular.
"Ela informa se já é indicado fazer a cirurgia", disse o especialista.
Esquema que vendia cursos é descoberto
Três
estudantes de medicina e o pai de um deles foram presos ontem, em Belo
Horizonte e em Montes Claros, no Norte de Minas, em uma operação de
combate à venda de vídeo-aulas pirateadas de uma instituição de ensino
do Rio de Janeiro. O grupo usava a internet para negociar DVDs com
cursos preparatórios para residência médica produzidos ilegalmente.
Foram apreendidos apostilas e cursos em DVDs pirateados.
A Delegacia de Crimes Cibernéticos chegou aos alunos após denúncia feita pela instituição, que se fingiu de cliente e comprou as mídias para confirmar a violação de direito autoral. O crime prevê
pena de dois a quatro anos de prisão.
Um dos presos foi um estudante do décimo período de medicina, detido em um apartamento, no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul da capital. Os outros três suspeitos foram presos em Montes Claros.
De acordo com a Polícia Civil, pai e filho, moradores de Montes Claros, criaram um site falso para negociar as mídias. "O interessado entrava em contato pela internet, acertava a compra e recebia as vídeo-aulas via correios", contou a delegada Paloma Boson. A polícia investiga como o grupo gravava os cursos. (Vinícius DOliveira) / O Tempo )
A Delegacia de Crimes Cibernéticos chegou aos alunos após denúncia feita pela instituição, que se fingiu de cliente e comprou as mídias para confirmar a violação de direito autoral. O crime prevê
pena de dois a quatro anos de prisão.
Um dos presos foi um estudante do décimo período de medicina, detido em um apartamento, no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul da capital. Os outros três suspeitos foram presos em Montes Claros.
De acordo com a Polícia Civil, pai e filho, moradores de Montes Claros, criaram um site falso para negociar as mídias. "O interessado entrava em contato pela internet, acertava a compra e recebia as vídeo-aulas via correios", contou a delegada Paloma Boson. A polícia investiga como o grupo gravava os cursos. (Vinícius DOliveira) / O Tempo )
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