(Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Nesta
quinta-feira (28), foi presa em flagrante uma quadrilha de assaltantes
que pretendia sequestrar a família do gerente dos Correios, em São
Caetano de Odivelas, nordeste do Pará. A prisão foi em decorrência de
uma operação conjunta de policiais civis da Divisão de Repressão ao
Crime Organizado (DRCO) e do Núcleo de Inteligência Policial, por meio
do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) da Regional do Baixo-Tocantins.
O crime, conhecido como “sapatinho”,
iria ocorrer durante a madrugada, mas foi impedido pela Polícia Civil,
que já investigava a ação do bando. Em poder do grupo, no interior de um
táxi, foram encontradas duas armas de fogo – uma pistola calibre 9mm e
outra calibre ponto 40, com numeração de série raspada; munição; quatro
chaves de fenda e uma chave de pressão, que seriam usadas para arrombar o
cofre; cinco telefones celulares; mochilas e uma jaqueta vermelha do
clube espanhol “Barcelona”.
O delegado Ivanildo Santos, diretor da
DRCO, informa que as investigações duraram seis meses. O trabalho contou
com apoio do Núcleo de Inteligência Policial, da Polícia Civil. As
informações levantadas davam conta da ação de uma quadrilha que
planejava assaltar a agência dos Correios, nesta semana, pois, no cofre,
estariam mais de R$ 100 mil para pagamento
de aposentadorias na cidade. No momento da abordagem do bando, os
acusados estavam no interior do táxi bem em frente à casa do gerente
agência dos Correios. A quadrilha iria invadir o imóvel, onde renderia a
família da vítima e manteria reféns duas crianças, de cinco e sete
anos, filhas do gerente, para obrigá-lo a liberar a entrada da agência.
Com uso de ferramentas, os criminosos iriam arrombar o cofre para
retirar o dinheiro.
Os presos são o taxista Gledson Vitório
Pereira do Rosário, 25 anos; Josebson dos Santos Delgado, 23, de apelido
“Tatu”; Michel da Silva Cruz, 31, de apelido “Tchuck”; Isaías Ferreira
da Costa, 28; Warley dos Reis de Souza, 20, e Elana Santos de Souza, 19,
conhecida por “Dani”. O líder do bando identificado nas investigações é
o presidiário Erenildo Nunes de Sousa, de apelido “Lico”, que, por meio
de telefone celular, coordenava o tráfico de drogas e os crimes
cometidos pelos assaltantes. Recolhido no Centro de Recuperação
Penitenciário do Pará I (CRPP1), no Complexo Penitenciário de Americano,
“Lico” responde por roubo. Ele ainda responde a outros processos por
crimes de tráfico de drogas e homicídios.
Conforme o delegado, por morar perto da
casa do gerente, “Dani” fez todo levantamento sobre a vida da vítima e
repassou as informações aos comparsas. “Eles tinham informações
privilegiadas sobre quantas pessoas moravam na casa, quantos filhos e
sobre os passos do gerente, e ainda sobre a existência de dinheiro na
agência”, explica Ivanildo Santos. “Dani” é filha de um presidiário que
também está no Complexo Penitenciário de Americano. O delegado McDowell
Fortes, titular do NAI do Baixo-Tocantins, explica que a quadrilha é
especializada em assaltos a banco, empresários e residências, na região nordeste do Pará, e pratica tráfico de drogas, na região do Baixo-Tocantins.
Com o dinheiro levantado com a venda de
drogas, os criminosos financiam a logística para realização de assaltos.
Os valores obtidos nos roubos também são usados para bancar o tráfico
de drogas. Os presos vão responder
pela tentativa de sequestro do gerente, formação de quadrilha e porte
ilegal de armas de fogo. Ao final do procedimento de flagrante, todos
ficaram de ser levados para a Central de Triagem, no Complexo
Penitenciário de Americano, em Santa Izabel do Pará.
(DOL, com informações da Polícia Civil)
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