segunda-feira, 4 de março de 2013

Mototaxi: profissão é cercada pela violência

Mototaxi: profissão é cercada pela violência (Foto: Wagner Almeida)
(Foto: Wagner Almeida)

 Belém - Nós temos medo dos clientes e os clientes tem medo da gente. É assim que funciona na nossa profissão”. Este depoimento resumiu a sensação de um homem que trabalha há três anos como mototaxista e afirmou que carrega em cima de duas rodas o medo, a discriminação e os mais variados riscos encontrados nas esquinas onde ao invés de simples passageiros, a violência o espera para uma corrida.
Em cima das duas rodas, a sensação de liberdade de estar em uma motocicleta, com o passar dos anos, acabou se tornando, no caso de usuários de mototáxis, sinônimo de medo, não tanto mais pelo risco de um acidente, mas pela covardia da violência, podendo até lhe tirar seu bem mais precioso: a vida.
A facilidade de acesso, a rapidez, a tarifa do serviço mais barata, entre outras vantagens, atraem pessoas comuns que necessitam chegar a um destino sem ser de táxi ou ônibus, dependendo do horário. Mas também atraem criminosos que usam do serviço um meio para cometer delitos, sejam roubos, tráfico de drogas, considerado o mais comum, ou até mesmo execuções.
A reportagem policial do DIÁRIO já cobriu incontáveis casos nos quais mototaxistas ou, em sua maioria, pessoas trajando uniformes de mototáxi, que tiveram participação direta em execuções por acerto de contas, flagrantes de tráfico de drogas, entre outros crimes.
Devido aos vários casos registrados e tornados de conhecimento da sociedade, sejam dando fuga em assaltos, homicídios, ou fazendo o serviço de “avião” para o tráfico, estes criminosos que utilizam um serviço indiscutivelmente útil para quem precisa, acabou tornando a profissão duvidosa para quem precisa fazer um sinal na rua, subir na garupa e chegar mais rápido a um determinado local.
Mas para quem realmente atua como profissional os fatos acima são um grande problema. Muitos deles normalmente acabam sendo alvos fáceis para assaltantes, principalmente para quem trabalha durante a madrugada, horário em que a maioria das pessoas está trancada em casa dormindo enquanto algumas aproveitam para abrirem as portas da violência. ( Diário do Pará )

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