Belém - Francisco
Charles dos Santos, acusado de ter matado a esposa Viviani Marins com
um tiro na cabeça, em setembro de 2010, deve ser julgado na manhã desta
quarta-feira (3).
O caso será julgado por juri popular e será presidido pela juiza Priscila Mamede Mousinho, da Comarca de São Miguel do Guamá.
O caso
O homicídio aconteceu em 20 de setembro
de 2010, em um ramal próxima à BR-010, no município de Santa Maria. Na
época, o técnico de enfermagem, a médica e o filho, de 2 anos, viajam
de Belém à Paragominas, onde moravam. Segundo Charles, eles tiveram que
parar o carro
por conta de suposto acidente na pista e ao para foram o veiculo
descobriram que se tratava de um assalto. A médica levou um tiro na
cabeça e morreu na hora. Já o técnico de enfermagem também foi baleado
na região das costelas.
Meses depois, investigações e laudos do
Centro de Pericias Renato Chaves, divulgados em março de 2011,
colocaram Charles como o principal suspeito da morte da médica. O laudo
mostrava que pela trajetória da bala, o disparo só poderia ter sido
efetuado por alguém que estava dentro do carro e ao lado da vítima, e
não de fora do veículo como alegava o técnico de enfermagem.
O técnico de Enfermagem ainda
reconheceu Anathayglia Silva Corrêa como a mulher que teria feito a
cilada para casal. Porém, durante a audiência de instrução e
julgamento, realizada, no dia 18 de janeiro, Anathayglia provou que na
época do crime, estava em um garimpo, localizado no Suriname.
Além disso, uma reconstituição
realizada em junho de 2011, contradisse a versão apresentada por
Charles. Diante das conclusões que chegaram as investigações, o acusado
teve sua prisão decretada. Desde outubro de 2011, o técnico de
Enfermagem está preso em Santo Izabel, na casa penal Anastácio Neves.
Para a advogada, não resta dúvida de
que o técnico de enfermagem assassinou Viviane. “Por conta de um
relacionamento exaustivo e das traições de Charles, Viviane queria se
separar. Esse foi o motivo que fez ele ceifar a vida de Viviane”,
explica Ivone Magalhães, que ainda complementa. “Não sou eu que digo
que Charles é o culpado, e sim são autos que mostram que ele é
culpado”, finaliza. (Diário do Pará)
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