
(Foto: Divulgação)
Cerca
de vinte catadores de lixo que atuam no Aurá estiveram reunidos na
tarde desta segunda-feira (15) com o prefeito de Belém para cobrar
mudanças no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado pela
Prefeitura de Belém, Marituba e Ananindeua com o Ministério Público do
Estado, no início do mês. No termo, as prefeituras devem cumprir
a determinação de encerrar as atividades do Aterro Sanitário do Aurá até
agosto de 2014, e encontrar soluções para novos destinos finais ao lixo produzido na Região Metropolitana de Belém.
A prefeitura afirmou que
secretarias e órgãos da administração, como a Sesan, Secon e Funpapa,
darão apoio aos catadores. "A Funpapa já está abrindo espaço para cursos
técnicos de capacitação, assim como a Secon deve interagir na formação
e capacitação dos catadores que preferirem mudar de profissão”, informou o prefeito Zenaldo Coutinho.
INSATISFAÇÃO
Para Ana Lúcia Moraes, da Associação
de Catadores do Aurá, a reunião “não foi proveitosa”. Ela informou que
os catadores querem incluir no TAC mais duas reivindicações, negadas no encontro.
“Queremos uma indenização por esses anos trabalhados. Ao invés de
comprar máquinas e alugar galpões para reciclagem, a prefeitura poderia
dar este dinheiro para os catadores e depois cada um se virava”, disse.
A outra reivindicação trata da agilidade
na inclusão de cursos de capacitação para os jovens catadores. “O
prefeito nos informou que nenhuma dessas soluções poderia ser dada de
imediato, porque ele estaria contrariando a lei. Mas ainda assim nós
vamos tentar outras soluções com o apoio da OAB”.
Uma nova reunião entre prefeitura e
catadores já está marcada para a próxima segunda-feira (22), na sede da
Secretaria de Saneamento (Sesan). De acordo com o titular da Sesan, Luiz
Otávio Mota Pereira, “será a primeira reunião de trabalho, já como primeiro passo para implantação das metas para as ações de natureza social a serem desenvolvidas”.
(Antonio Santos/DOL)
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