AssemblEia: Policiais estão revoltados com a proposta do Governo do Estado
Os
policiais civis do Piauí estiveram reunidos na manhã de ontem (9), em
assembleia, e decidiram que não irão aceitar a proposta do Governo do
Estado com um reajuste salarial de 60%, dividido em oito parcelas
durante quatro anos. Eles também deflagraram a operação "Polícia
Legal", quando os servidores irão apenas cumprir o que lhes é cabido,
como por exemplo, só serão emitidos Boletins de Ocorrência e Flagrantes
na presença de delegados, não haverá custódia e alimentação de presos,
entre outras ações. Com a decisão, cerca de 130 presos hoje nas
delegacias deverão deixar de ser custodiados pelos policiais que se
revezam nos plantões das delegacias.
Pelo menos 200 policiais
civis estiveram em frente à Delegacia Geral para uma assembleia, quando
foi apresentada a proposta de reajuste de 60% parcelada em quatro anos.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí, Cristiano
Ribeiro, informou que a proposta da forma como foi apresentada frustrou
os policiais civis. "Estamos aqui para discutir essa proposta que nos
foi apresentada pela qual lutamos há dois anos. Tivemos várias
negociações do governo do Estado, mas ainda não é o que queremos. O que
ansiamos é uma correlação ao salário dos delegados que somos da mesma categoria", destacou o presidente do Sinpolpi, durante a assembleia.
Segundo
ele, a discrepância salarial entre delegados e agentes e escrivães,
diferença que, segundo a categoria, chega a 370%. Outras queixas dizem
respeito a questões de trabalho. Os coletes à prova de balas disponíveis
estão prestes a vencer
(18 de abril). Além disso, policiais alegam risco elevado por usarem a
mesma munição há cinco anos, além da falta de treinamento de tiro para
maioria dos agentes.
Os escrivães reclamam também da falta de
curso específico para condução de viaturas, de direção defensiva,
ofensiva e evasiva. Ao invés de uma greve, os policiais aprovaram o
movimento "Polícia Civil: cumpra-se a Lei", que será adotada a postura
de só agir caso condições legais de trabalho sejam concedidas.
A
medida deve atingir as delegacias e setores que possam ter problemas de
documentação de viaturas, falta de coletes à prova de balas, carência
de munição para armas entre outros. Se esses itens não forem concedidos,
o policial civil poderá se recusar a participar de diligências e
operações.
Fonte: cidadeverde.com
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