quarta-feira, 10 de abril de 2013

Delegado no Piauí ganha 370% a mais do que um escrivão de policia com curso superior

AssemblEia: Policiais estão revoltados com a proposta do Governo do Estado



Os policiais civis do Piauí estiveram reunidos na manhã de ontem (9), em assembleia, e decidiram que não irão aceitar a proposta do Governo do Estado com um reajuste salarial de 60%, dividido em oito parcelas durante quatro anos.  Eles também deflagraram a operação "Polícia Legal", quando os servidores irão apenas cumprir o que lhes é cabido, como por exemplo, só serão emitidos Boletins de Ocorrência e Flagrantes na presença de delegados, não haverá custódia e alimentação de presos, entre outras ações. Com a decisão, cerca de 130 presos hoje nas delegacias deverão deixar de ser custodiados pelos policiais que se revezam nos plantões das delegacias.
Pelo menos 200 policiais civis estiveram em frente à Delegacia Geral para uma  assembleia, quando foi apresentada a proposta de reajuste de 60% parcelada em quatro anos.  O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí, Cristiano Ribeiro, informou que a proposta da forma como foi apresentada frustrou os policiais civis. "Estamos aqui para discutir essa proposta que nos foi apresentada pela qual lutamos há dois anos. Tivemos várias negociações do governo do Estado, mas ainda não é o que queremos. O que ansiamos é uma correlação ao salário dos delegados que somos da mesma categoria", destacou o presidente do Sinpolpi, durante a assembleia. 
Segundo ele, a discrepância salarial entre delegados e agentes e escrivães, diferença que, segundo a categoria, chega a 370%. Outras queixas dizem respeito a questões de trabalho. Os coletes à prova de balas disponíveis estão prestes a vencer (18 de abril).  Além disso, policiais alegam risco elevado por usarem a mesma munição há cinco anos, além da falta de treinamento de tiro para maioria dos agentes. 
Os escrivães reclamam também da falta de curso específico para condução de viaturas, de direção defensiva, ofensiva e evasiva.  Ao invés de uma greve, os policiais aprovaram o movimento "Polícia Civil: cumpra-se a Lei", que será adotada a postura de só agir caso condições legais de trabalho sejam concedidas.  
A medida deve atingir as delegacias e setores que possam ter problemas de documentação de viaturas, falta de coletes à prova de balas, carência de munição para armas entre outros. Se esses itens não forem concedidos, o policial civil poderá se recusar a participar de diligências e operações. 
Fonte: cidadeverde.com

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