A presidenta Dilma Rousseff disse hoje
(29) que enviará ao Congresso Nacional uma nova proposta sobre o uso
integral dos royalties do petróleo da camada pré-sal na área da
educação. A Medida Provisória (MP) 592 perderá validade no dia 12 de
maio, caso não seja votada no Congresso. A comissão
mista que analisa a proposta não chegou a acordo para a votação e
decidiu adiá-la até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifeste a
respeito das regras de divisão dos royalties.
“Nessa
questão da educação, somos teimosos, somos insistentes, e vamos enviar
uma nova proposta para uso dos recursos, royalties, participações
especiais e o recurso do pré-sal, para serem gastos exclusivamente na
educação. O Brasil precisa de duas coisas para melhorar a educação: da
vontade de todos nós, a vontade política do governo e a paixão das
famílias, mas também precisa de recursos”, disse a presidenta durante
discurso em Campo Grande. Ela participou da entrega de chaves de 300
ônibus escolares para transporte crianças e jovens da zona rural de 78
municípios de Mato Grosso do Sul.
Dilma
Rousseff recebeu o título de cidadã sul-mato-grossense da Assembleia
Legislativa do estado e ressaltou que nenhum país do mundo se torna
desenvolvido sem educação em tempo integral. A presidenta disse que o
governo e as famílias devem valorizar a educação desde a creche, onde,
segundo ela, as desigualdades começam a ser combatidas, com as crianças
recebendo os mesmos incentivos e estímulos educacionais. Depois, segundo
ela, é preciso buscar que todas as crianças estejam plenamente
alfabetizadas até os oito anos, para que o desenvolvimento posterior se
torne mais fácil.
A
presidenta disse, no fim de seu pronunciamento, que o país tem avançado
e deixado para trás o complexo de vira-lata. “Nós mudamos, somos
respeitados no mundo, somos um país forte, somos uma das maiores
economias, temos uma agricultura forte e competitiva, uma indústria
forte e competitiva, temos uma população trabalhadora, capaz, que não
desiste nunca, que entra pra ganhar.
Nesses últimos dez anos, enterramos o complexo de vira-lata. Vamos
aproveitar, levantar bem o nariz e ter muita autoconfiança, porque nós
somos de um país vencedor”.
Fonte: Agência Brasil
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