A
Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) ingressou na
Justiça Federal, nesta sexta-feira (12), com uma ação na qual cobra da
União que os municípios maranhenses sejam ressarcidos das perdas
financeiras ocasionadas pela desoneração do IPI (Imposto Sobre Produtos
Industrializados), nos últimos cinco anos.
A entidade municipalista também ingressou com uma segunda ação contra o
Governo Federal para que não haja mais atraso no repasse da
complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a qual,
segunda a legislação de regência, prevê que o referido repasse seja
efetuado impreterivelmente até o último dia útil de cada mês. A ação
judicial objetiva, ainda, o pagamento de valores correspondentes a juros
que foram gerados pelos constantes atrasos no repasse da
complementação, estes referentes aos últimos cinco anos.

“Nosso objetivo é defender os interesses dos municípios, que são os
entes federados mais discriminados na divisão dos recursos. Temos
consciência que será uma luta árdua e intensa, visto que estamos
cobrando do ente mais forte, que é o Governo Federal. Mas não iremos
desistir e tenho certeza que obteremos êxito nesta luta”, afirmou o
presidente da Famem, prefeito Gil Cutrim (São José de Ribamar).
A redução da alíquota do IPI, principal componente do Fundo de Participação dos Municípios, vem ocasionando sérios transtornos financeiros aos municípios maranhenses, que têm sofrido com a diminuição contínua dos repasses oriundos do FPM, principal fonte mantenedora das prefeituras do Maranhão.
A redução da alíquota do IPI, principal componente do Fundo de Participação dos Municípios, vem ocasionando sérios transtornos financeiros aos municípios maranhenses, que têm sofrido com a diminuição contínua dos repasses oriundos do FPM, principal fonte mantenedora das prefeituras do Maranhão.
Levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM)
revela que, somente em 2012, os municípios maranhenses perderam mais de
R$ 69 milhões em repasses ocasionados pela redução do IPI.
Na ação ajuizada na Justiça Federal, a assessoria jurídica da Famem
alega que o pedido está fundamentado em precedentes do Supremo Tribunal
Federal (STF), que são claros ao definir que “estes incentivos fiscais
não podem refletir em diminuição das receitas próprias dos entes
federativos”.
“São indevidas as
deduções perpetradas pela União no FPM, em face de incentivos fiscais
concedidos quando da cobrança de IPI, devendo a União se abster de tal
comportamento, bem como devolver aos municípios maranhenses os valores
ilegalmente deduzidos nos últimos cinco anos”, afirma a peça jurídica
apresentada pela entidade.
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