quarta-feira, 10 de abril de 2013

Promotoria de Justiça da Educação realiza vistorias em escolas

O promotor de justiça Paulo Silvestre Avelar Silva, titular da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação de São Luís, vistoriou, juntamente com a Vigilância Sanitária Municipal, nesta quarta-feira, 10, as instalações provisórias do Centro de Ensino Governador Edison Lobão (Cegel), que está funcionando no prédio do antigo Colégio Marista. Na terça-feira, o promotor visitou a escola Margarida Pires Leal, no bairro da Alemanha. As vistorias são um trabalho de rotina da promotoria e buscaram apurar denúncias recebidas pelo Ministério Público.
Alguns dos problemas levados à promotoria são comuns às duas escolas, como a falta de professores. O tema será discutido na próxima quarta-feira, 17, em uma reunião com representantes da Secretaria de Estado da Educação. Na sede provisória do Cegel, problemas estruturais também têm comprometido a aprendizagem, como a falta de ventiladores nas salas de aula.
Fachada das instalações provisórias do Cegel

De acordo com a diretora Regina Pereira, 90 ventiladores foram comprados mas não há rede elétrica para que seja feita a sua instalação. Também falta rede de internet no prédio, o que impede o uso de internet na escola.
Outro problema apontado foi a falta de merenda escolar. De acordo com os gestores da escola, ainda não foi construído o local para acondicionamento dos botijões de gás que servem ao refeitório e não há segurança no espaço, que já teve objetos roubados. Os alimentos já comprados não foram entregues devido à fragilidade da segurança do refeitório.
A prática esportiva, outra demanda apresentada pelos alunos, está sendo feita nos dois campos existentes na escola. A quadra e o ginásio, que também serviriam para a prática de esportes, estão interditados. O mesmo acontece com o auditório do prédio, que não apresenta condições de uso.
Vistorias são atividades rotineiras da promotoria

Foi verificado pela Vigilância Sanitária que, no momento da inspeção, não havia nenhum banheiro masculino disponível aos alunos. Regina Pereira confirmou o fechamento dos banheiros devido ao vandalismo dos próprios alunos, que estariam depredando a escola. O promotor Paulo Avelar orientou que os banheiros fossem abertos e que haja controle para tentar identificar os responsáveis pelo vandalismo, para que sejam tomadas as medidas necessárias.
A direção da escola também discutiu a utilização das calçadas da escola por vendedores ambulantes e o estacionamento de motos e táxis-lotação na porta de acesso do prédio, o que chega a impedir a entrada e saída da escola. O promotor Paulo Avelar solicitou que a direção do Cegel encaminhe um documento com todos os problemas enfrentados, que será analisado juntamente com o relatório da Vigilância Sanitária.
ALEMANHA
Na escola Margarida Pires Leal, um dos principais problemas enfrentados é a falta de segurança, tanto no interior do prédio quanto nas imediações da escola. Vários ventiladores, por exemplo, foram furtados das salas de aula e são comuns as reclamações de estudantes a respeito de assaltos na parada de ônibus mais próxima.
Outras reclamações são a falta de professores, o não funcionamento dos laboratórios de ciências por falta de material e o acesso à internet feito em apenas um computador do laboratório de informática. Além disso, a merenda escolar não é feita por falta de pessoal. A cantina da escola foi terceirizada e os lanches são vendidos aos alunos.
IMEDIAÇÕES
Além da discussão sobre a falta de professores nas escolas públicas estaduais de São Luís, que acontecerá na próxima quarta-feira, a Promotoria de Justiça de Defesa da Educação realizará uma outra reunião, na terça-feira, 16, para discutir diversas questões relativas às imediações das escolas da capital, como violência, funcionamento de bares, comércio informal e assuntos relacionados ao trânsito.
Participarão do encontro representantes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes, Polícias Civil e Militar, Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação, Conselhos Tutelares e os promotores de justiça que atuam na investigação criminal.
(CCOM-MPMA)

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