O Partido Progressista (PP)
apresentou hoje (27) à presidenta Dilma Rousseff, durante encontro com
líderes de partidos da base governista, no Palácio do Planalto, posição
contrária a um plebiscito para realização da reforma política no país e
favor de um referendo. Em carta assinada pelo presidente do PP, senador
Ciro Nogueira (PI), o partido diz que o plebiscito não é o mecanismo
mais adequado para atingir a meta.
Antonio Cruz/ABr
“Entendemos
que o plebiscito, por natureza, deve estar restrito a poucos temas,
sendo difícil adequar-se à amplitude de itens que devem necessariamente
ser abordados em uma proposta de reforma política”, diz a carta.
“Apoiamos a reforma política, mas entendemos que a melhor forma de
atingir esse objetivo é o referendo de uma lei aprovada pelo Congresso
Nacional, elaborada com ampla participação dos diversos segmentos da
sociedade e acompanhada pela imprensa”.
O
partido argumenta que a complexidade da proposta de reforma política não
é compatível com o processo de plebiscito, porque precisaria abordar
inúmeros temas. Na carta, o partido aponta oito temas prioritários:
sistemas eleitorais, financiamento eleitoral e partidário, coligação na
eleição proporcional, obrigatoriedade do voto, reeleição, duração do
mandato no Executivo, coincidência nas eleições e candidatura avulsa.
O
senador Ciro Nogueira encerra a carta dizendo que o momento oferece
oportunidade única de se aproveitar a mobilização de vários setores da
sociedade para chegar a um sistema político que corresponda às
necessidades que surgem desse amadurecimento social. O PP manifesta
ainda otimismo e confiança em um avanço das instituições democráticas.
Para o partido, referendo atende plenamente aos anseios da população e,
juridicamente, é o instrumento mais adequado.
Na
última terça-feira (25), o governo definiu o plebiscito como a melhor
forma de a população manifestar sua opinião e escolher a reforma
política que quer para o país.
Além de Ciro
Nogueira, foram à reunião com a presidenta Dilma Rousseff, os
presidentes do PSB, Eduardo Campos (governador de Pernambuco); do PR,
senador Alfredo Nascimento (AM); do PTB, Benito Gama; do PDT, Carlos
Lupi; do PSD, Gilberto Kassab; do PRB, Marcos Pereira; do PCdoB, Renato
Rabelo; do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP); do PMDB, senador
Valdir Raupp (RO); o vice-presidente Michel Temer e os ministros da
Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, da Educação,
Aloizio Mercadante, e da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário