Grupo católico faz marcha nesta terça; evangélicos protestam no dia seguinte
Folhapress
A Esplanada dos Ministérios vai se transformar, a
partir de amanhã, em um palco para católicos e evangélicos protestarem e
pressionarem o Congresso a avançar com propostas polêmicas e que
enfrentam resistência de ativistas de direitos humanos. Os religiosos
vão defender restrições ao aborto previsto em lei e farão ataques
contra a decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que facilitou o
casamento gay. Também deverão pregar por liberdade religiosa, questionar
a criminalização da homofobia e aproveitar para contestar a indicação
do advogado Luís Roberto Barroso para a vaga de ministro do Supremo
Tribunal Federal.
Capitaneada por grupos católicos, a 6ª Marcha
Nacional da Cidadania Pela Vida pretende reunir 30 mil pessoas na
Esplanada dos Ministérios na tarde desta terça. Ocorrerá dois dias após
a Parada Gay da cidade de São Paulo - marcada também por críticas ao
pastor evangélico e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP),
presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. A principal
demanda dos religiosos é a aprovação do Estatuto do Nascituro, que
garante direitos ao bebê em gestação - o que, na prática, pode vedar o
aborto mesmo nos casos já previstos por lei.
A proposta deverá ser votada depois de amanhã pela Comissão de Finanças
da Câmara. A marcha também deve ter faixas pedindo que o Senado
rejeite a indicação de Barroso para ocupar o STF. Ele enfrenta
resistência por ter defendido a equiparação das uniões homoafetivas às
uniões heterossexuais e a pesquisa com células-tronco em julgamento no
Supremo. O jurista será sabatinado depois de amanhã na Comissão de
Constituição e Justiça do Senado.
Os católicos também começaram uma mobilização na internet contra Barroso.
Evangélicos
Os protestos dos católicos devem ser reforçados depois de amanhã por outra manifestação em frente ao Congresso - desta vez, com maior participação de evangélicos. Segundo o pastor Silas Malafaia, o ato poderá reunir até 100 mil pessoas e vai criticar a decisão do CNJ que obriga os cartórios a celebrarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo. “Quem é o CNJ para dar uma canetada e liberar o casamento gay? É uma afronta”, afirma Malafaia. Outro tema é a liberdade religiosa e de expressão, espécie de desagravo ao próprio Malafaia e a Feliciano.
Os protestos dos católicos devem ser reforçados depois de amanhã por outra manifestação em frente ao Congresso - desta vez, com maior participação de evangélicos. Segundo o pastor Silas Malafaia, o ato poderá reunir até 100 mil pessoas e vai criticar a decisão do CNJ que obriga os cartórios a celebrarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo. “Quem é o CNJ para dar uma canetada e liberar o casamento gay? É uma afronta”, afirma Malafaia. Outro tema é a liberdade religiosa e de expressão, espécie de desagravo ao próprio Malafaia e a Feliciano.
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