Christophe Simon/AFP
Fred marcou o primeiro gol da Seleção Brasileira na vitória de 2 a 1 sobre o Uruguai, no Mineirão
Mais um fantasma é deixado de lado. Em sua partida mais tensa nesta
Copa das Confederações, a Seleção Brasileira calou aqueles que faziam
questão de lembrar do Maracanazzo, em 1950, e superou o Uruguai por 2 a
1, justamente o placar sofrido naquele histórico embate.
Com entrega constante, o time comandado por Felipão superou a Celeste com gols de Fred e Paulinho, e agora espera o vencedor
do confronto entre Espanha e Itália, que jogam nesta quinta-feira (27),
para saber quem será seu oponente na grande final do torneio, marcada
para domingo (30), no Rio de Janeiro. A consagração desta equipe pode vir justamente no maior palco do futebol brasileiro: o Macaranã.
Combativo
Encardido, como era de se esperar. Com esquemas similares, onde linhas
defensivas compactas auxiliam o setor ofensivo mais “povoado” Brasil e
Uruguai travaram uma verdadeira batalha durante os 45 minutos iniciais
da primeira semifinal da Copa das Confederações.
Os primeiros domínios foram do time celeste, que cercou a saída de bola
brasileira para marcar maior presença ofensiva. Os uruguaios chegaram à
área de Julio César em duas oportunidades durante o primeiro terço da partida. Em uma delas, a torcida ficou apreensiva.
Aos 12 minutos, Forlán foi cobrar escanteio pela direita do ataque
uruguaio. Ao centrar a bola, David Luiz agarrou Lugano e não deixou o
zagueiro avançar rumo à pelota. Pênalti. O craque da última Copa ajeitou
com carinho na marca do cal, mas parou em Julio César, que pulou no seu
canto esquerdo para salvar a Seleção Brasileira.
Com o milagre operado pelo camisa 12, a Seleção acordou de sua apatia
inicial. Agitado, o time canarinho passou a oferecer mais alternativas
para chegar ao gol de Muslera. O primeiro chute efetivo veio aos 16
minutos, com Oscar, que experimentou de fora da área.
Porém era pouco. Oscar estava muito preso à linha de atacantes e a criatividade ficou limitada, muito graças ao esquema uruguaio, que fechou as linhas de ação brasileira. Quando surgiu uma pequena brecha, foi fatal.
Porém era pouco. Oscar estava muito preso à linha de atacantes e a criatividade ficou limitada, muito graças ao esquema uruguaio, que fechou as linhas de ação brasileira. Quando surgiu uma pequena brecha, foi fatal.
Aos 40 minutos, Paulinho fez belo lançamento na intermediária. Neymar
dominou no peito fintando dois zagueiros para trás, mas esbarrou em
Muslera que fechou bem o canto. Mas a bola persegue o matador e Fred,
bem postado, chutou de forma desengonçada para mandar a bola para o
barbante. Era o que a torcida queria: a Seleção descia para o vestiário
com a vantagem no placar. 1 a 0.
Fantasma é deixado de lado
A vantagem mínima no primeiro tempo já apontava que a etapa
complementar seria complicada. Mas não precisava de tensão tão cedo.
Logo na segunda volta do relógio, o time uruguaio tabelou na entrada da
área, David Luiz tentou abafar, mas a bola voltou. Thiago Silva de forma
displicente tentou tocar a pelota para Marcelo sair jogando, mas
Cavani, mais esperto, deu o bote e não perdoou, chutando cruzado para
igualar a partida. 1 a 1.
O empate celeste deixou a partida aberta. O duelo, antes travado,
começou a ficar mais intenso, com nenhuma das duas seleções abdicando do
ataque. Explorando as laterais, Brasil e Uruguai passaram a sair com
maior velocidade, criando oportunidades de perigo, como aos 21 minutos,
quando Bernard fez bela jogada pela direita e cruzou para Fred, que
mandou por cima.
As oportunidades
dos dois lados deixaram também o clima de apreensão. Com o andar do
relógio, a prorrogação parecida cada vez mais próxima. Mas felizmente
não veio. Aos 40 minutos, Neymar cobrou escanteio pela direita. Muslera
ficou indeciso e Paulinho, no segundo pau, completou para as redes.
Festa no Mineirão. 2 a 1.
Com o apito final, Scolari e seus comandados foram ovacionados pelo
público. Só falta um jogo para a consagração dessa equipe que resgatou o
orgulho de torcer pela equipe Canarinho.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 2 X 1 URUGUAI
BRASIL: Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva,
David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar (Hernanes); Hulk
(Bernard), Neymar (Dante) e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari
URUGUAI: Muslera, Maxi Pereira, Lugano, Godín, Martín
Cáceres; Arévalo, Álvaro González (Gargano), Cristian Rodríguez;
Forlán, Suárez e Cavani. Técnico: Oscar Tabárez
Gols: Fred (aos 40’ do 1º tempo); Cavani (aos 2’) e Paulinho (aos 41’)
Motivo: Semifinal da Copa das Confederações
Data: 26 de junho de 2013
Estádio: Mineirão
Local: Belo Horizonte
Arbitro: Enrique Osses (CHI)
Assistentes: Carlos Artroza (CHI) e Sergio Roman (CHI)
Público: 57.483 presentes
Cartões amarelos: David Luiz, Marcelo e Luiz Gustavo (Brasil); Cavani e Álvaro González (Uruguai)
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