A Polícia fechou uma clínica para reabilitação de dependentes químicos,
na tarde de ontem, no Eusébio. De acordo com o major Edalcio Aragão,
responsável pelo Conselho Estadual de Política Sobre Drogas (Cepod), da
Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), haviam diversas
denúncias contra o local, referentes à cárcere privado e agressões
várias aos internos.
Major
PM Edalcio Aragão informou ter recebido denúncias de cárcere privado e
maus-tratos aos internos e que a clínica está com o alvará vencido FOTO:
KIKO SILVA
O major disse que um dos pacientes bebeu xampu,
para ser atendido fora da ´Comunidade Terapêutica Luz e Vida´ e contar o
que acontecia. "No hospital, ele relatou maus-tratos, espancamentos e a
situação de cárcere privado. Além disso, o alvará da clínica está
vencido e eles não apresentaram nenhum prontuário dos pacientes",
afirmou.
Ao todo, 22 pessoas estavam no local, na condição de
pacientes. Apenas duas delas foram internadas compulsoriamente -
mediante ordem judicial ou atestado de um médico psiquiatra. As outras
20, estariam lá com autorização da família.
A delegada Ana Lúcia
Almeida, titular da Delegacia Metropolitana do Eusébio (DME), disse que
tudo ainda será investigado, mas até a conclusão do inquérito a clínica
deve permanecer fechada. "Toda clínica como esta tem regras. Vamos ouvir
internos, funcionários, o dono da clínica e o major. Serão feitos
levantamentos sobre quem fornecia remédios, quem os prescrevia e se
havia realmente as agressões".
O engenheiro agrônomo Álvaro Alves
Machado, que é proprietário da clínica, desmentiu que as pessoas fossem
maltratadas, ou, submetidas a altas doses de medicamentos, que não
fossem devidamente prescritas por médicos. "Nós recebemos, atualmente,
22 pessoas, mas temos mais de 14 mil que querem entrar na clínica. Nós
fazemos um trabalho sério", argumentou.( Diário do Nordeste )
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