Marcus Pestana
Diante das expectativas criadas na sociedade, a Câmara dos Deputados instalou um grupo de trabalho. São 14 deputados representando os maiores partidos políticos e um coordenador designado pelo presidente da Câmara. Como porta-voz do PSDB na antiga comissão especial sobre o tema, fui o indicado pelo partido.
Vamos arregaçar as mangas e exercitar a arte da política na tentativa de contornar os impasses e transformar em possível o necessário. Confesso que não carrego um otimismo exagerado, pois a tendência é que as divergências anteriores sejam repostas. Mas se o pessimista já nasce derrotado, o otimista tem alguma chance. Portanto, à luta, mãos à obra!
SEIS PONTOS
Irei defender os seis pontos aprovados pela Executiva Nacional do PSDB e anunciados pelo presidente, senador Aécio Neves, em coletiva à imprensa.
O PSDB propõe, em nome da consistência programática e da aproximação maior da representação política com a sociedade, o voto distrital misto. Também o fim das coligações proporcionais é essencial para evitar que o eleitor seja induzido a erro, votando em A e elegendo Z. Após profunda avaliação, o PSDB propôs o fim da reeleição e o mandato de cinco anos, consciente em ser seu criador, mas que a experiência recente recomenda a mudança. Isso não afetaria os atuais mandatários.
No elenco de propostas consta a cláusula de desempenho para que só tenham acesso à representação no Congresso, ao Fundo Partidário e a tempo de TV partidos com um mínimo de representatividade social, coibindo os partidos de aluguel. Completa o projeto partidário a introdução de regra em que o tempo de TV tenha a proporcionalidade calculada apenas sobre os votos dos partidos dos candidatos a titular e vice, tirando “valor de mercado” do tempo de TV de partidos não integrantes da chapa majoritária.
É com essas propostas em mãos que encararei a nova tarefa, sempre lembrando Ulysses Guimarães, para quem a matéria-prima da política era a saliva. (transcrito de O Tempo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário