Tostão (O Tempo)
Um bom início era tudo o que o Brasil precisava para ter mais espaços para contra-atacar com velocidade. Assim, criou inúmeras chances de gol. Fez três e poderia ter feito mais.
Novamente, tudo deu certo, com um gol no início do jogo, outro no fim do primeiro tempo, e um terceiro nos primeiros minutos da segunda etapa. A Espanha ainda perdeu um pênalti. A atuação do time espanhol foi fraquíssima, muito pelo ótimo futebol mostrado pela equipe brasileira. Vicente Del Bosque deve ter lamentado não escalar Martínez no lugar de Xabi Alonso, para manter o esquema tático das últimas três conquistas. A defesa era mais protegida.
A fraca atuação da Espanha não significa que não tenha um excelente time. Depois de vencer a Copa de 2010, a Espanha foi goleada por Portugal e Argentina. Na Copa das Confederações anterior, foi eliminada pelos Estados Unidos e, depois, ganhou o Mundial.
O Barcelona, base da seleção da Espanha, foi goleado, recentemente, duas vezes pelo Bayern. Estaria decadente o estilo espanhol, de posse de bola e de trocas curtas de passe? O futuro dirá.
Todos os jogadores brasileiros tiveram atuações excepcionais, especialmente Neymar, Fred e Luiz Gustavo.
JOGANDO EM CASA
A conquista da Copa das Confederações, de uma maneira brilhante, não significa que, subitamente, o Brasil passou a ter um timaço ou que estava melhor do que se dizia. Significa que a seleção formou um time com uma maneira definida de jogar e que usou muito bem a vantagem de atuar em casa.
Há milhares de exemplos, em todo o mundo, de times e seleções que, em casa, apoiados pela torcida, crescem e ganham títulos em campeonatos curtos, com jogos mata-mata, contra adversários superiores.
Nos últimos 30 dias, de treinos e jogos, o Brasil atingiu um nível técnico muito maior do que se esperava. Até o Mundial, a equipe se encontrará esporadicamente, para treinar um dia e jogar amistosos. Provavelmente, não terá a vibração e a qualidade mostradas na atual competição. Com os 20 dias de treinos antes do Mundial, poderá recuperar o nível atual. Mas, dificilmente, estará melhor do que hoje.
Parabéns aos jogadores e à comissão técnica. Temos de ficar contentes com a belíssima atuação do Brasil, mas não podemos esquecer que a seleção ganhou, fora de casa, as duas últimas Copas das Confederações, a penúltima, de forma brilhante, e foi mal nos Mundiais. Nada de oba-oba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário