segunda-feira, 1 de julho de 2013

Piada do ano: ministra Gleisi Hoffmann diz que Lula não é candidato


Carlos Newton



Encastelado no Palácio do Planalto, com uma ou outra base de apoio na Esplanada dos Ministérios, o pequeno grupo que ainda defende a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição entrou na faixa do desespero. Sem ter como analisar favoravelmente a pesquisa DataFolha, divulgada ontem, mas entregue ao Planalto no sábado, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, alegou que “o Lula não é candidato”.
A ministra disse que considera natural, num momento de manifestações e protestos, que lideranças tenham redução na aprovação, alegando que, “seguramente”, não foi só a imagem da presidente Dilma Rousseff que sofreu desgaste. Na visão de Gleisi Hoffmann, a queda nas pesquisas não atrapalha a candidatura de Dilma à reeleição.
“O Lula não é candidato. A presidenta é a nossa candidata. Todos estarão na campanha. O que nós precisamos agora é trabalhar cada vez mais. O povo trabalha, sofre no dia a dia para cumprir com compromissos. Cabe a nós honrar o cargo, seja em qualquer esfera de poder. Ficar especulando, fofocando, divulgando mágoas não serve ao país, nem é digno de quem tem responsabilidade de função pública “— disse a ministra ao Globo.
Oficialmente, o Palácio do Planalto não quis comentar a pesquisa Datafolha, mas, reservadamente, um interlocutor da presidente disse que é preciso esperar para tirar conclusões.
LULA, CANDIDATÍSSIMO
Em São Paulo, os dirigentes do Instituto Lula passaram um fim de semana consagrador. Satisfeitos e confiantes, comemoraram a pesquisa DataFolha que mostra a facilidade com que Lula venceria no primeiro turno, embora ainda nem tenha anunciado ser candidato.
Na verdade, Lula é candidatíssimo e já está em campanha. Sua agenda é impressionante, marcando reuniões com as mais diversas entidades de classes, incluindo sindicatos, federações, centrais sindicais e  movimentos sociais.
Quem vai escolher a candidatura de Lula ou Dilma será a convenção nacional do PT, que deve se realizar em junho de 2014. Dilma não tem apoio algum no PT e no próprio governo. Conta apenas a solidariedade do casal Hoffmann, digamos assim, porque quem manda é a ministra Gleisi, e o ministro Paulo Bernardo apenas obedece. Estão apoiando Dilma também os ministros Aloizio Mercandante (Educação), Jorge Hage (Controladoria-Geral da União), Miriam Belchior (Planejamento), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento).
O restante diz que apoia Dilma, mas ao menor aceno de Lula, já se sabe como irão proceder.

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