Chuva, paisagem verde, animais
em pastos a perder de vista e rios cheios durante o mês de julho e deve
permanecer em agosto. Esse é o atual cenário de alguns municípios do
interior do estado
do Maranhão. Para quem não conhece a realidade dos moradores das áreas
rurais de cidades como Anajatuba, Ariri, Matões do Norte, Viana e Codó,
não imagina que nestas regiões o povo enfrenta dificuldade quanto ao
acesso à água de qualidade. No entanto, é só percorrer alguns
quilômetros até mesmo pelos municípios que compõem a Baixada Maranhense
(formada por grandes planícies baixas que alagam na estação das chuvas,
criando enormes lagoas entre os meses de janeiro e julho) para perceber
que o grande desafio local está no armazenamento d’água. Ou melhor, na
falta dele. “Eles simplesmente não tinham grandes reservatórios e se
limitavam a captar a água da chuva em baldes e alguns botijões que não
garantiam água por muito tempo.”, explicou o coordenador da 8ª
Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do
São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Henrique Guelber Barros. Ainda
segundo ele, o estado foi beneficiado com 5.377 cisternas de
polietileno, por meio do programa Água Para Todos realizado pelo
Ministério da Integração Nacional, proporcionando a universalização da
água para mais de 26 mil pessoas. “Até agora, 3.814 cisternas já foram
instaladas. As demais chegarão às áreas rurais gradativamente, levando
em consideração as péssimas condições de acesso a algumas comunidades
por conta das chuvas.”, completou.
Na cidade de Viana, por exemplo, durante o inverno as comunidades rurais se transformam em uma espécie de pantanal do Estado. No entanto, quando chega o verão o solo seco chega a rachar com as altas temperaturas e os moradores sofrem com a falta d’água. Por isso, o município foi beneficiado com 255 cisternas de polietileno. Até o momento, 83 foram instaladas em pelo menos 15 comunidades que hoje estão literalmente ilhadas, com acesso exclusivo de canoa, a exemplo da comunidade Beira do Lago. “Quem olha esse lago aí na frente de casa nem imagina como era sofrimento por água aqui por essas bandas antes dessas cisternas.”, lembra o pescador Manoel Mendes.
Os reservatórios, produzidos pela Acqualimp, captam a água da chuva e permitem o armazenamento de 16 mil litros, garantindo condições para uma família de quatro a cinco pessoas se manter por até nove meses de estiagem, cenário típico do semiárido nordestino. “Essa tecnologia do polietileno impede vazamentos de água e contaminação, oferecendo benefícios para a saúde da população atendida”, disse o diretor da fabricante, Amauri Ramos.
Na cidade de Viana, por exemplo, durante o inverno as comunidades rurais se transformam em uma espécie de pantanal do Estado. No entanto, quando chega o verão o solo seco chega a rachar com as altas temperaturas e os moradores sofrem com a falta d’água. Por isso, o município foi beneficiado com 255 cisternas de polietileno. Até o momento, 83 foram instaladas em pelo menos 15 comunidades que hoje estão literalmente ilhadas, com acesso exclusivo de canoa, a exemplo da comunidade Beira do Lago. “Quem olha esse lago aí na frente de casa nem imagina como era sofrimento por água aqui por essas bandas antes dessas cisternas.”, lembra o pescador Manoel Mendes.
Os reservatórios, produzidos pela Acqualimp, captam a água da chuva e permitem o armazenamento de 16 mil litros, garantindo condições para uma família de quatro a cinco pessoas se manter por até nove meses de estiagem, cenário típico do semiárido nordestino. “Essa tecnologia do polietileno impede vazamentos de água e contaminação, oferecendo benefícios para a saúde da população atendida”, disse o diretor da fabricante, Amauri Ramos.
Maria dos Remédios Fonseca - comunidade de Arari-Açú. |
Outra cidade beneficiada foi Codó, a 292 quilômetros de São Luís. “Nossa região, considerada o nordeste do Maranhão, foi beneficiada com 1.015 cisternas”, adiantou o secretário Municipal de Agricultura, Alex Pereira. No Assentamento Santa Bárbara, uma das localidades atendidas pelo programa, está a família do pequeno criador de porcos, Raimundo de Souza, 63 anos. “Essa cisterna foi a melhor coisa que Deus podia dar pra gente aqui que sofria tanto pra ter água em casa. Era uma agonia danada pra conseguir água boa pra beber e agora as cisternas da gente estão cheias. É uma felicidade grande.”, disse ele.( O Imparcial )
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