domingo, 29 de setembro de 2013

Flávio diz que cargos majoritários não é prioridade do PDT

Flavio nogueira apoia a decisão do PT de ficar no governo até o fim



O PDT não está disposto a colocar em risco seu crescimento ao se dedicar quase que exclusivamente a uma candidatura majoritária, como fez em 2010 ao aceitar indicar um nome para ser o vice do senador João Vicente Claudino (PTB) ao cargo de governador. A meta agora são os cargos proporcionais, como disse ao Diário do Povo o presidente estadual do PDT, Flávio Nogueira, que também comanda o IAPEP no governo do Piauí. "Uma meta para o próximo ano é aumentar a nossa bancada estadual e ter o primeiro deputado federal", afirma. Sobre o cenário político que se desenha para 2014, Flávio Nogueira saiu em defesa do PT. Disse que a sigla tem todo o direito de impor a candidatura de Wellington Dias e, ainda, permanecer no governo até o fim. "Se o PDT tivesse essa oportunidade que o PT tem, faria o mesmo. Os outros que se acovardam. Esse negócio de entregar cargo é muito fisiológico. Até terminar o governo Wilson Martins, eu acho que os partidos que o ajudaram a eleger tem o direito de permanecer lá", declarou.

Diário do Povo - Como está o PDT no estado do Piauí?
Flávio Nogueira - O partido está, como sempre, organizado. Bem organizado. Nós estamos percorrendo todos os diretórios municipais, consultando, ouvindo, explicando o desejo e as metas do partido para as próximas eleições. Para que possamos, depois de definido, todos marcharem juntos. Uma meta para o próximo ano é aumentar a nossa bancada estadual e ter o primeiro deputado federal. Não nos importamos muito, por enquanto, com quem vai ser governador ou não, enquanto não resolvermos esse problema. Evidente que dentro do partido já têm pessoas que manifestam interesse por determinado candidato ou outros candidatos, e é esse papel de conciliação que vamos procurar fazer no PDT.
DP - O partido não pensa em caso majoritário em hipótese alguma?
FN - Cada ano os partidos têm as suas metas, no ano passado a meta era um cargo majoritário, por isso nós disputamos a vice-governadoria na chapa do João Vicente (senador), mas este ano não temos mais isso como meta. Se algum membro do partido assim desejar, ainda não se manifestou, embora eu tenha a impressão que todos querem disputar o cargo de deputado federal ou estadual.
DP - Como está o assédio das siglas que já possuem candidato ao governo?
FN - Procurar, eles (partidos) procuram. Eles não são tão displicentes em não procurar um partido como PDT, que tem uma boa performance eleitoral. Mas, há sempre cautela para depois não faltarmos com o compromisso, adiando uma decisão para os próximos anos.
DP - Como o senhor analisa o atual cenário político, com algumas candidaturas ao governo já postas um ano antes das eleições?
FN - Sempre foi assim ao longo do tempo. É o poder. Os partidos desejam o poder, tanto Legislativo como Executivo. Para isso, tem que ir se formando as alianças. Elas não se formam de um dia para o outro. Se fosse no passado, como o bipartidarismo, ai talvez nós não tivéssemos isso que estamos vendo agora. Como vivemos ai com mais de 30 partidos, sendo cinco grandes ou intermediários, faz com que comecem as articulações. O partido x conversa com outro partido para que lá na frente possam formar o maior leque de alianças. Além de ter a necessidade de um candidato bom, no caso de governador, é necessário ter uma aliança boa também. Quanto mais partido um candidato a governador ou a senador tiver com ele, é bom pra ele. Evidente que não é só isso para se ganhar uma eleição. O candidato majoritário tem que ter uma boa performance eleitoral, tem que se apresentar bem perante o público, ser um nome leve para que possa ganhar a simpatia do eleitorado, mas quanto maior o número de partidos, melhor, porque aumenta a militância e, além do mais, aumenta o tempo de televisão, que hoje é o grande palanque eleitoral.

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