
Pedro do Coutto
A Caixa Econômica publicou no
Diário Oficial de 27 de agosto seu relatório financeiro ao primeiro
semestre de 2013 que, como é natural, contém dados sobre o avanço de seu
desempenho, mas paralelamente revela uma série de informações
interessantes a respeito do SFN, Sistema Financeiro nacional. Por
exemplo: sua carteira de crédito atingiu, em números redondos, 431
bilhões de reais, 42% a mais do que no primeiro semestre de 2012. A
presença da CEF no mercado de crédito corresponde a 16,9% do volume de
todos os bancos reunidos. Logo, o sistema global (de créditos) eleva-se
em torno de 2,5 trilhões de reais.
Para chegar a este cálculo, basta multiplicar a parcela da Caixa por seis. O volume global abrange tanto pessoas físicas quanto as empresas. Uma comparação interessante é cotejar o total de créditos, apenas para acentuar sua dimensão, com o orçamento da União para este ano: 2,2 trilhões, página 16 do Diário Oficial de 30 de janeiro de 2013. O volume dos créditos concedidos ganha por pouco. O que assinala a grandeza de seu volume.
A parcela que cabe à Saúde é de
94,5 bilhões. A destinada à Educação é de 78,3 bilhões de reais. Se
considerarmos os juros cobrados pela rede bancária chegamos facilmente a
contabilizar uma receita fantástica, superior, pelo seu volume, a
qualquer outro investimento no campo econômico, sobretudo em face do
pequeno nível de custo. A Caixa Econômica Federal possui 68,8 milhões de
clientes, dos quais 67,1 milhões pessoas físicas. Ingressaram em sua
rede, no primeiro semestre deste ano, 3 milhões e 600 mil novos
clientes. A CEF mantém no país 63,7 mil postos de atendimento, incluindo
casas lotéricas. Agências fixas são 3 mil e 800.
POUPANÇA
Suas cadernetas de poupança
representam 35,2% das existentes em toda rede bancária. São 49 milhões
de contas, das quais 3,8 milhões abertas nos seis primeiros meses de
2013. Captação deste ano já atingiu 9,3 bilhões de reais. O saldo geral
de suas cadernetas passou a ser de 189,7 bilhões. Como significam 35,2%
do mercado brasileiro, multiplicando-se a fração por 3, vemos que o
sistema brasileiro de poupança oscila em torno de 57 bilhões de reais.
São remunerados à média de 0,4% ao mês e aplicados no mercado por
juros, em média, 10 vezes maiores.
O relatório revela, ainda, que o
movimento das loterias proporcionou à CEF uma receita de 5,2 bilhões de
reais no primeiro semestre. Deste total, a Mega Sena forneceu 37,4%, a
Lotofacil 26,9%, a Quina 18,8. O restante da percentagem foi produzido
pela Quina Especial de São João: 173,4 milhões de reais. Os dados são
bastante interessantes, dão margem a comparações. No entanto, registram
um domínio da CEF muito grande no setor da poupança. Ninguém a supera
nesse item. Ela passa um apelo incisivo ao pequeno aplicador, sobretudo
em função da segurança que oferece. Afinal de contas a segunda agência
oficial de crédito não pode estourar. Segunda agência porque a primeira é
o Banco do Brasil. Mas este não motiva o pequeno cliente. A atração
deste aplicador constitui uma prova que a propaganda da CEF na televisão
e nos jornais e revistas vem dando certo. Afinal de contas, atraiu 3
milhões e 600 mil novos poupadores no período de seis meses.(Tribuna Da Imprensa )
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