domingo, 1 de setembro de 2013

Mercado de crédito no país está em torno de 2,5 trilhões de reais

 

 


Pedro do Coutto
 
 
 
 
A Caixa Econômica publicou no Diário Oficial de 27 de agosto seu relatório financeiro ao primeiro semestre de 2013 que, como é natural, contém dados sobre o avanço de seu desempenho, mas paralelamente revela uma série de informações interessantes a respeito do SFN, Sistema Financeiro nacional. Por exemplo: sua carteira de crédito atingiu, em números redondos, 431 bilhões de reais, 42% a mais do que no primeiro semestre de 2012. A presença da CEF no mercado de crédito corresponde a 16,9% do volume de todos os bancos reunidos. Logo, o sistema global (de créditos) eleva-se em torno de 2,5 trilhões de reais.

Para chegar a este cálculo, basta multiplicar a parcela da Caixa por seis. O volume global abrange tanto pessoas físicas quanto as empresas. Uma comparação interessante é cotejar o total de créditos, apenas para acentuar sua dimensão, com o orçamento da União para este ano: 2,2 trilhões, página 16 do Diário Oficial de 30 de janeiro de 2013. O volume dos créditos concedidos ganha por pouco. O que assinala a grandeza de seu volume.
A parcela que cabe à Saúde é de 94,5 bilhões. A destinada à Educação é de 78,3 bilhões de reais. Se considerarmos os juros cobrados pela rede bancária chegamos facilmente a contabilizar uma receita fantástica, superior, pelo seu volume, a qualquer outro investimento no campo econômico, sobretudo em face do pequeno nível de custo. A Caixa Econômica Federal possui 68,8 milhões de clientes, dos quais 67,1 milhões pessoas físicas. Ingressaram em sua rede, no primeiro semestre deste ano, 3 milhões e 600 mil novos clientes. A CEF mantém no país 63,7 mil postos de atendimento, incluindo casas lotéricas. Agências fixas são 3 mil e 800.
POUPANÇA
Suas cadernetas de poupança representam 35,2% das existentes em toda rede bancária. São 49 milhões de contas, das quais 3,8 milhões abertas nos seis primeiros meses de 2013. Captação deste ano já atingiu 9,3 bilhões de reais. O saldo geral de suas cadernetas passou a ser de 189,7 bilhões. Como significam 35,2% do mercado brasileiro, multiplicando-se a fração por 3, vemos que o sistema brasileiro de poupança oscila em torno de 57 bilhões de reais. São remunerados à média de 0,4% ao mês e aplicados no mercado por juros,  em média, 10 vezes maiores.
O relatório revela, ainda, que o movimento das loterias proporcionou à CEF uma receita de 5,2 bilhões de reais no primeiro semestre. Deste total, a Mega Sena forneceu 37,4%, a Lotofacil 26,9%, a Quina 18,8. O restante da percentagem foi produzido pela Quina Especial de São João: 173,4 milhões de reais. Os dados são bastante interessantes, dão margem a comparações. No entanto, registram um domínio da CEF muito grande no setor da poupança. Ninguém a supera nesse item. Ela passa um apelo incisivo ao pequeno aplicador, sobretudo em função da segurança que oferece. Afinal de contas a segunda agência oficial de crédito não pode estourar. Segunda agência porque a primeira é o Banco do Brasil. Mas este não motiva o pequeno cliente. A atração deste aplicador constitui uma prova que a propaganda da CEF na televisão e nos jornais e revistas vem dando certo. Afinal de contas, atraiu 3 milhões e 600 mil novos poupadores no período de seis meses.(Tribuna Da Imprensa )
 

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