A instalação da usina vai reduzir o consumo de energia da Arena, além de contribuir com o meio ambiente, já que trata-se de energia não poluente
( Ibahia )
O que o Maracanã, a Arena Pernambuco, o Mineirão e a
Itaipava Arena Fonte Nova têm em comum? Além de serem palcos da Copa do
Mundo do próximo ano, esses estádios escolheram o sol como uma de suas
fontes de energia. Assim como já aconteceu com as outras três arenas,
uma usina solar será implantada na Fonte Nova, no ano que vem, com
capacidade para gerar 750 MWh por ano, o equivalente ao consumo médio de
3 mil brasileiros ou ao que é necessário para abastecer 625 residências
baianas. O investimento é fruto de um convênio entre a Coelba e a Fonte
Nova Negócios e Participações.
A energia gerada será toda utilizada pela Itaipava
Arena Fonte Nova, que terá o consumo reduzido em 10%. Além da redução
nos custos, a instalação da usina traz benefícios ao meio ambiente, já
que os recursos são renováveis e não poluentes. O investimento no
desenvolvimento de novas tecnologias e o estímulo à utilização de
energia solar estão entre os objetivos a serem alcançados com a
implantação da usina no estádio.
“Preciso fomentar o mercado. Se a gente não começar a
usar, essa energia não vai baratear. Para a Itaipava Arena Fonte Nova, o
retorno não é um valor muito grande, 10% não é uma economia grande, mas
em compensação estamos fazendo a difusão dessa geração de energia”,
ressalta Ana Christina Mascarenhas, assessora de eficiência energética
da Coelba, empresa do Grupo Neoenergia.
“O papel da distribuidora é fomentar para baratear o
custo e essa fonte começar a ser usada. Vamos ter que trilhar um
caminho para chegar lá, mas é uma questão de tempo. Hoje a energia solar
nao é viável. Se você quiser botar na sua casa, você pode, mas a
energia que a Coelba te fornece é mais barata do que a que você vai
gerar. É caro porque as placas não são fabricadas no Brasil e nem nenhum
material necessário. A tecnologia não chegou aqui, mas nós estamos
fazendo”, conta Ana Christina.
Segundo a assessora da Coelba, o preço já está
caindo. “Uma lâmpada fluorescente compacta custava R$ 30. Hoje, sai por
R$ 3. Por quê? Porque todo mundo começou a usar e a comprar em massa”,
exemplifica.
Com capacidade para 50 mil pessoas, a Itaipava Arena
Fonte Nova tem aproximadamente 116 mil m² de terreno e 90 mil m²
dedicados à arena multiuso. A usina solar terá 500 kWp de potência
instalada. As obras estão previstas para começar em janeiro e devem ser
finalizadas até dezembro de 2014. “Gostaríamos de fazer metade antes da
Copa do Mundo, mas estamos bem no início. Só que alguma coisa a gente
vai tentar usar na Copa”, sinaliza Ana Christina Mascarenhas. O
investimento da instalação é de cerca de
R$ 5,5 milhões e faz parte de projeto estratégico de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
R$ 5,5 milhões e faz parte de projeto estratégico de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
PioneiroApesar de não estar entre os
estádios que vão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, o Estádio de
Pituaçu aparece como destaque. Ele foi o primeiro com energia solar da
América Latina. Inaugurada em abril do ano passado, com um investimento
de R$ 5,5 milhões, a usina da praça esportiva já produziu 600
megawatts/hora (MWh) ao ano, energia necessária para abastecer 540
residências baianas com consumo médio. Uma economia de R$ 161 mil por
ano.
O estádio, que abrigou os treinos das seleções
brasileira e nigeriana em Salvador durante a Copa das Confederações
deste ano, é autossuficiente, ou seja, gera toda a energia necessária
para o seu funcionamento. A energia excedente, em torno de 22,8 MWh/mês,
é usada para abastecer o consumo da sede da Secretaria Estadual do
Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), localizada no Centro
Administrativo da Bahia. O órgão já economizou R$ 44 mil na conta de
energia elétrica. “Pituaçu nunca mais pagou conta de energia”, comemora
Ana Christina.
Quem quiser conhecer na prática um pouco mais sobre
energia solar pode visitar o Centro de Visitação Pituaçu Solar,
inaugurado no dia 13. Cerca de R$ 400 mil foram investidos pela Coelba
na implantação e operação do centro, que tem o objetivo de difundir
conceitos de eficiência energética e energias renováveis, mostrando
tecnologias utilizadas para o uso da energia solar.
Outras usinas
“Pituaçu foi a primeira usina e as pessoas começaram a ter curiosidade, queriam conhecer, então resolvemos fazer esse centro, pois queríamos que as pessoas pudessem conhecer o centro de uma forma didática”, conta Ana Christina Mascarenhas. Além das de Pituaçu e Itaipava Arena Fonte Nova, o Grupo Neoenergia é responsável por outras três usinas de energia solar no Brasil, duas em Fernando de Noronha e outra instalada na Arena Pernambuco, que será inaugurada em novembro.
“Pituaçu foi a primeira usina e as pessoas começaram a ter curiosidade, queriam conhecer, então resolvemos fazer esse centro, pois queríamos que as pessoas pudessem conhecer o centro de uma forma didática”, conta Ana Christina Mascarenhas. Além das de Pituaçu e Itaipava Arena Fonte Nova, o Grupo Neoenergia é responsável por outras três usinas de energia solar no Brasil, duas em Fernando de Noronha e outra instalada na Arena Pernambuco, que será inaugurada em novembro.
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